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Como o carnaval de rua de São Paulo está se tornando o maior do Brasil

Filipe Oliveira
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Marcelo Flores, professor de gestão de eventos da ESPM, conta os segredos do sucesso do carnaval de rua paulistano, que deve atrair 15 milhões de pessoas e movimentar R$ 2,6 bilhões em 2020

São Paulo terá em 2020 o maior carnaval de sua história. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, o evento deve atrair 15 milhões de pessoas e movimentar R$ 2,6 bilhões. Para entender esse fenômeno, conversamos com Marcelo Flores, professor de gestão de eventos da ESPM e fundador da BusinessLand Entertainment. O especialista trabalhou no projeto do Carnaval de Rua de São Paulo entre 2012 e 2014. “Fiz ativações para a Ambev e a Prefeitura de São Paulo por 2 anos nos blocos que começaram a vir para a cidade, ou já tinham tradição com pouco estímulo. Na época, eram aproximadamente 100 blocos. Atualmente, são mais de 600.”

De acordo com dados divulgados pela prefeitura, a cidade terá este ano 678 desfiles distribuídos em 468 pontos. O número de desfiles é 40% maior do que o de 2019. “São Paulo tem investido na organização e gestão de blocos e desfiles. Trabalhou com planejamento para atrair foliões para a grande cidade com o objetivo de se tornar o maior carnaval do País. Este ano certamente terá esta marca.”

Um levantamento da Decolar apontou que a capital paulista é o destino brasileiro mais procurado para o Carnaval em 2020. Em 2019, São Paulo aparecia em terceiro lugar do ranking, atrás de Rio de Janeiro e Salvador.

O professor da ESPM destaca que, com o fortalecimento do carnaval, a cidade ganha mais turistas e eventos que estimulam a geração de empregos diretos e indiretos, bem como de renda com a arrecadação de impostos. “Além disso, dá mais vida para a cidade, para paulistas e paulistanos aproveitarem um evento organizado, público e democrático.”

Vento a favor 

Segundo o especialista, algumas “tendências de mercado” que já vinham acontecendo desde a Copa do Mundo no Brasil ajudaram no fortalecimento do carnaval de rua. “Por exemplo, as pessoas irem para a rua não só por manifestações, mas para eventos abertos e democráticos, ocupando espaços públicos.” Flores cita como exemplo o Réveillon na Paulista, que reúne quase 2 milhões de pessoas por ano na avenida mais famosa da cidade.

Até mesmo a crise econômica teve influência no crescimento do carnaval de rua paulistano. “A resseção econômica também estimulou as pessoas a buscarem entretenimento gratuito. Com isso, mais e mais pessoas mergulharam no carnaval de rua, estimulando o poder público a se estruturar a cada ano na busca de grandes patrocinadores que proporcionassem este crescimento sustentável da festa”.

Marcas na folia
O envolvimento das empresas no carnaval de rua também é apontado como ingrediente essencial para o crescimento do evento. “A participação do setor privado é fundamental. Foram mais de R$ 20 milhões em patrocínio para garantir a infraestrutura da festa.Tudo isso além das ativações das marcas, que são fundamentais para criar apropriações dos patrocinadores”. Pelo terceiro ano seguido, a Ambev é a patrocinadora do carnaval de rua de São Paulo.

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Filipe Oliveira

Editor do #Trendings.

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