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Empreenda por opção (e não só por falta de uma…)

Jorge Tarquini
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Abrir um negócio próprio por necessidade tem se mostrado a pior escolha. Melhor investir um pouco de tempo na busca por uma oportunidade real 

Boa notícia: a Taxa de Empreendedorismo Total (TTE) do Brasil é de 38%, segundo pesquisa de 2018 da Global Entrepeneurship Monitor (GEM) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Má notícia: 37,5% dos empreendedores iniciais ainda abrem seus negócios por necessidade – contra 61,8% que realmente enxergaram uma oportunidade (e aí partiram para empreender – e quase sempre com recursos próprios). Ou seja: para cada empreendedor por necessidade, há 1,6 empreendedor por oportunidade. Digamos que a diferença não é assim tão alvissareira…

É fácil, porém, entender por que alguém se aventura a cruzar mares revoltos nunca antes navegados contando muitas vezes com a sorte e um pequeno capital levantado de uma rescisão ou juntando recursos da família. Empreender pode parecer a melhor (senão única) saída para os 11,8% de brasileiros que compõem a taxa de desemprego medido pelo IBGE. São desesperadores 12,5 milhões de desempregados.

Péssima notícia: segundo os dados mais atuais do IBGE, mesmo que de 2016, cerca de 60% das empresas fecham antes de completar 5 anos (e 80% das micro e pequenas empresas não comemoram sequer o primeiro aniversário).

Diagnóstico: por que dá errado?

Infelizmente, é ainda mais fácil entender por que a despeito de centenas de aspectos peculiares e individuais que levam ao fechamento. Estudos não faltam para apontar com grande grau de certeza quais são as armadilhar no caminho:

– falta de conhecimento do empreendedor (vulgo “dono do negócio”) sobre o mercado em que quer atuar;

– planejamento ruim ou inexistente pode acabar até mesmo com negócios dotados de bom capital: definir público, entender seus hábitos de consumo, qual o capital de giro necessário, conhecer e se posicionar diante da concorrência, criar modelos de negócios diferenciados, estabelecer relacionamentos com fornecedores, parceiros e outros players do segmento, ter um Plano de Negócios realista… E, claro, ter uma estratégia clara para atingir objetivos realistas e focados em resultados e perenidade do negócio;

– gestão ineficiente do negócio, uma vez que muita gente confunde ser empreendedor com ser patrão. E cair na ilusão de que vai fazer menos coisas, pois ser chefe é uma “moleza” – vide os chefes/patrões que teve na vida, que, na sua visão, “nunca faziam nada”, enquanto os funcionários é que levavam sozinhos a empresa para o alto. É VOCÊ quem deve saber tudo sobre seu negócio (mesmo que não vá fazer alguma das atividades no dia a dia). E é gestão que vai levar o negócio a se repensar o tempo todo, a rever e aperfeiçoar métodos, processos até mesmo produtos e serviços, gerir pessoas e fornecedores e parceiros;

– brigas com sócios podem acabar com negócios em que todos sabem do que estão falando, em que o planejamento foi preciso e a gestão é afiada. Portanto, pense bem se e quem terá como sócios…;

– a falta de comportamento empreendedor é outra sentença de morte para negócios criados por necessidade, no ímpeto de “arrumar algo para fazer”. A disposição para investigar e se antecipar aos fatos, disciplina para seguir um plano de ações e clareza para revisá-lo, ter network com todos os stakeholders de seu negócio;

– a eterna crise que parece não mais abandonar a economia brasileira pode ser uma pá de cal, mesmo em empreendimentos de quem fez toda a lição de casa.

Invista tempo antes de investir seu capital

O gasto de tempo na fase de planejamento pode ser a diferença entre a vida ou a morte do seu negócio. Mesmo que a motivação inicial seja a necessidade, o importante é não se jogar ao mar sem um colete salva-vidas. Ele pode até não garantir sua sobrevivência, mas certamente evitará uma morte certa.

Por isso, recorra a serviços que podem ajudar você a minimizar os erros e riscos no caminho. Uma consulta ao Sebrae (repleto de serviços de consultoria, cursos e outras ferramentas de acesso gratuito, até mesmo esclarecimento sobre linhas de crédito para micro e pequenos negócios) pode ser a diferença nesse momento. Se algo funciona bem neste país nessa área de suporte a quem empreende esse algo é o Sebrae.

Vida longa aos seus empreendimentos!!!

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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