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10 situações que me preocupam na volta ao escritório

Jorge Tarquini
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Se essa perspectiva gera algum tipo de ansiedade, convido você a parar para pensar nisso. Não tenho fórmula e nem receita, mas alguns pensamentos que podem ajudar

Um ano e nove meses depois do início da pandemia, do isolamento e do tão falado home office, muita gente já voltou ou está perto de voltar ao trabalho presencial. Por mais que, na nossa cabeça, não pareça, é um desafio. Afinal, nos acostumamos a muitas coisas nesse período: da bermuda e do chinelo ao ambiente doméstico como espaço de trabalho. O que merecerá muito de nossa atenção será a demanda de retomar rotinas das interações sociais.

Falo de coisas tão triviais quanto o deslocamento (seja em transporte público ou nos nossos carros no trânsito), a retomada de refeições fora de casa e, principalmente, o convívio com colegas, clientes, parceiros… Para além da simples “retomada”, a ansiedade pode brotar em qualquer situação, como já se debate em reportagens em todos os meios de informação e dentro dos círculos familiares e de amigos.

Longe de ser um sinal de “fraqueza” ou de “maluquice” (sim, já ouvi quem usasse essa expressão…), a readaptação ao cotidiano, aos espaços e ao convívio pode vir carregada de inseguranças, medos, incertezas e até um certo desânimo.

Por mais incrível que possa parecer, há muita gente que está receosa de não conseguir estabelecer comunicação no contato pessoal com colegas, por exemplo. É como se fosse, novamente, o primeiro dia de escola na infância ou o sempre desconfortável primeiro dia em um novo emprego.

Nada mais natural: afinal, em vez de ouvir as pessoas ao redor, todos nos acostumamos a doses homeopáticas de “convívio” nas chamadas pelo computador. Por mais numerosas que fossem, bastava dar tchau e desligar a tela para o convívio cessar.

Longe de mim querer dar qualquer “receita” de como lidar com isso individualmente. Mas eu fiz um exercício e, talvez, ele possa ajudar. Listei tudo o que, ao menos dentro da minha cabeça, causa algum tipo de dúvida e que certamente vai demandar minha atenção e readaptação. Coisas das quais tenho de ter consciência e que tenho de trabalhar para me (re)adaptar. Cada um pode fazer a sua.

Mas não me importo de dividir a minha – que pode servir de ponto de partida:

1 – Conviver com o barulho das outras pessoas (já que, em casa, não precisava lutar com esses sons para me concentrar)

2 – Abrir mão dos momentos de parada ou de simples contemplação que, em casa, serviam para “desligar”

3 – Voltar a estar sob a vista de todos o tempo todo

4 – Ter de “se vestir” para trabalhar

5 – Ter meu “espaço” invadido por algum colega querendo fazer uma brincadeira ou contar algo que, no fundo, pode não te interessar naquele momento (ou o contrário: como abordar um colega para dividir algo)

6 – Vencer o pensamento de “será que essa pessoa está contaminada?” ou “quem será que tocou nesse objeto ou superfície?”

7 – Voltar a controlar meu humor (já que, em casa, e em princípio, a gente não precisa…)

8 – Como se comportar diante de um colega ou outras pessoas no ambiente que, distraída, deixa a máscara no queixo ou (pior) prefere não usá-la?

9 – Como tomar meu “banho de álcool gel” sem ofender quem está ao lado?

10 – Como manter o distanciamento no ambiente de trabalho sem parecer um “refém de sequestro” assustado?

Para cada uma dessas situações e aflições, eu tento criar para mim novos “protocolos” – palavrinha que, hoje, não soa tão estranha, não é mesmo? E, claro, estou pronto para dividir essas aflições com quem eu sei que pode me ajudar: familiares, amigos, colegas e (por que não?) até mesmo alguém que, se for o caso, possa me oferecer ajuda profissional. Por sorte, muitas empresas já entenderam que, sem isso, a “volta” talvez demore ao “normal”.

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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