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Carreiras horizontais: dá para crescer sem virar chefe

Jorge Tarquini
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Ser promovido, “subir na hierarquia” e virar chefe era a única maneira de ganhar melhor. Ainda bem que isso tem mudado – e profissionais e empresas têm ganhado com isso 

O roteiro era bem conhecido: a pessoa entrava na empresa numa posição inicial e, para “construir sua carreira” tinha de receber promoções a cada x tempo. Se isso não acontecesse, seria impossível conseguir aumentar o salário. Ou seja: tinha de percorrer uma trilha “vertical”: subir era a única opção.

Dessa maneira, muitas vezes a empresa perdia alguém talentoso numa posição em “linha” e não ganhava um gestor eficiente. Todo mundo infeliz, a saída era procurar outro emprego ou conviver com a infelicidade cotidiana.

Pegando como exemplo a minha área, o Jornalismo… Um bom repórter, para avançar na carreira (e na remuneração), obrigatoriamente precisava virar um editor assistente e um editor – deixando a rua e a apuração. Se quisesse “progredir” ainda mais, era preciso um “salto quântico”: migrar para as posições de chefia, como um editor executivo ou um redator-chefe e, já que tomou essa rota, mirar o topo do Everest, buscando virar diretor de redação.

Cansei de ver bons repórteres ou bons editores se tornarem gestores medíocres pelo simples fato de seu talento ser outro. Perdem as empresas, perdem os profissionais…

Felizmente, com a adoção cada vez mais universal de planos de carreiras inteligentes, há a possibilidade de crescimento em carreiras chamadas horizontais. No caso do Jornalismo, um repórter pode ser iniciante (o foca) e querer fazer carreira como repórter. Dessa forma, há uma trilha possível, com o profissional se tornando referência no que faz e até numa área específica (esportes, política, economia etc.), ganhando cada vez mais pautas difíceis, investigações especiais, de maior responsabilidade – e maiores cobranças, claro. Caco Barcelos pode ser um bom exemplo disso.

As empresas aprenderam isso a duras penas, assim como bons profissionais que viveram períodos de frustração e desencanto, duvidando de seu talento e trabalhando em algo que não o satisfizesse.

Por isso, mando aqui uma dica: se a única forma de “progredir” for mudando sua rota profissional, pese bem os prós e os contras – e, caso perceba mais aspectos ruins, negocie: “caso eu não me adapte à nova função, há como rever a rota?”.

Empresas modernas estão abertas a esse tipo de acordo. Caso a sua não seja uma delas, lembre-se: trabalhar desmotivado pode ser sua ruína. Se você não desistir do emprego, talvez ele desista de você. É o jogo…

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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