Provavelmente o mundo não seria como é, se não houvesse pesquisa científica. Afinal, é a partir de questionamentos e incômodos que a classe acadêmica se debruça sobre determinadas questões em busca de respostas e soluções que visam ajudar a sociedade e o planeta. Estudantes que ingressam em cursos de mestrado acadêmico ou profissional, doutores e pós-doutores são os responsáveis pela produção científica universal, e em alguns casos um MBA requer que os alunos realizem pesquisas.
“Todos os campos de conhecimento precisam de pesquisas científicas e o Brasil possui centros universitários bem estruturados para a produção de estudos consistentes”, afirma Eliza Casadei, coordenadora do Mestrado e do Doutorado em Comunicação e Práticas do Consumo da ESPM. A professora recebeu o #Trendings para explicar o que é e como é feito esse trabalho. Confira:
Um modelo de trabalho coletivo que levanta uma pergunta sobre qualquer assunto e tenta respondê-la a partir de uma metodologia estruturada. “O grande objetivo é entender como o mundo funciona e há muitas formas de entender isso. A diferença de uma pesquisa para a pesquisa científica é que ela busca explicar como algo funciona a partir de parâmetros bem específicos e próprios de uma área”, diz Eliza.
Serve para olhar os pontos cegos do que não é entendido sobre o funcionamento das coisas e tentar responder. Nem sempre a pesquisa responde a pergunta a que se propõe, mas, mesmo assim, a pesquisa já é uma resposta porque pode sinalizar para futuros mestres e doutores que aquele caminho não chega a lugar nenhum.
A pesquisa científica é relevante porque as ações dos indivíduos são marcadas pelos tipos de saberes que eles têm. Sua visão de mundo é resultado do que foi dito a eles. Durante anos o ovo foi considerado nocivo à saúde e o consumo do alimento no mundo diminuiu, até o momento em que novas pesquisas concluíram que ovo não é vilão e ele voltou ao prato de muita gente. “Essas verdades têm características provisórias, porque o conhecimento muda, avança e estrutura o modo como caminhamos no mundo. A pesquisa científica tem função social, ela estrutura a sociedade de acordo com o conhecimento científico e as possibilidades tecnológicas que temos”.
Pesquisa básica: tenta responder uma questão de uma área, sem precisar resultar em uma aplicação direta. Ou seja, o pesquisador não precisa apresentar uma solução e sua aplicação para o problema.
Pesquisa aplicada: o pesquisador faz uma pergunta para um problema específico e precisa chegar a um resultado prático e executável.
No mestrado profissional, o cientista tem que fazer pesquisa aplicada, enquanto no mestrado acadêmico, no doutorado e no pós-doutorado pode ser aplicada ou básica.
Toda pesquisa nasce de uma inquietação do pesquisador que quer entender e encontrar uma solução para algo. Para isso, ele segue os seguintes passos:
Existem dois tipos principais de metodologia e a sua escolha depende do tipo de resposta desejada:
Pesquisa quantitativa: tem como objetivo quantificar e extrair números. Para isso, trabalha com um grande volume de dados.
Pesquisa qualitativa: trabalha em cima de um pequeno conjunto de dados, já que procura entender como algo funciona a partir de uma visão micro.
“Depois da coleta e escolha do conjunto de dados, o pesquisador justifica porque escolheu essa amostragem”, diz Eliza. “Ele usa a amostra com a metodologia e testa hipóteses. Essa é a grande fase da análise, onde as abordagens são mais exploratórias e podem levantar hipóteses descritivas, onde pesquisador só descreve o fenômeno, ou explicativas, que explicam o porquê”.
Entenda como conselhos administrativos podem impulsionar o crescimento da empresa e garantir sua sustentabilidade
Saiba o que são, como identificar e o que fazer; e conheça alguns dos tipos…
Entenda as causas e consequências da procrastinação, e o quanto esse comportamento pode revelar sobre…
Coordenadora da área de Carreira e Mercado da ESPM explica o que diferencia um gestor…
Especialista aponta os erros mais comuns que podem impactar negativamente o cálculo do preço de…
Produções contam as histórias de estilistas famosos, como Christian Dior, Coco Chanel e Yves Saint…
This website uses cookies.