Negócios

5 formas de obter capital para o seu negócio

Hoje, startups e pequenos negócios podem ir além de empréstimos em bancos para obter capital empreendedor

Houve um tempo em que “empreender” era sinônimo de risco em diversos níveis – tanto para quem empreendia quanto para quem financiava… E, por isso, havia poucos caminhos para empreendedores: empenhar todo o seu capital (verbas de rescisão de trabalho, o que poupou a vida toda), pedir emprestado para familiares e amigos ou buscar financiamento bancário.

Hoje, o cenário empreendedor, antes restrito a alguém que apenas queria “ser seu próprio patrão”, se mostra atraente, no qual negócios interessantes e promissores são criados por gente que enxerga realmente uma oportunidade de negócios viável e com potencial de crescimento. Estabeleceu-se no país um “pensamento empreendedor”– e, a reboque, todo um universo que passa, obrigatoriamente, por fontes de financiamento.

Dessa forma, startups com potencial de escalabilidade e pequenos negócios com boas perspectivas de inovação e retorno têm atraído a atenção de investidores – e, inclusive, feito bancos oficiais, como o BNDES, ou privados criarem linhas de crédito especiais para empreendedores, com taxas atraentes e prazos de carência de pagamento que permitem que esses negócios se estabeleçam.

E esse capital voltado para o desenvolvimento de empresas pode ser obtido de diversas maneiras. Aqui, vamos apresentar algumas delas.

1 - Bancos

Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e bancos privados já entenderam que o empreendedorismo é um propulsor poderoso da economia. Basta lembrar que micro e pequenas empresas representam mais de 96% dos negócios formais do Brasil e, antes da pandemia, representavam 27% do PIB e 52% dos empregos formais. Ou seja: péssimo negócio ficar de fora dessa força econômica. Dessa forma, são muitas e variadas as linhas de crédito oferecidas atualmente. Caso queira conhecer uma delas, dê uma olhada no BNDES Microcrédito – Empreendedor.

2 - Programas de desenvolvimento oficiais

Em busca de incentivar a inovação, muitos estados e municípios oferecem programas e linhas de crédito para empreendedores. Mesmo que a maioria seja voltada para empresas já estabelecidas, há alguns que também permitem acesso a novos negócios a opções de financiamento com prazos mais longos e taxas de juros bastante competitivas diante do que é praticado no mercado bancário. Um desses organismos oficiais é o Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista (antiga Agência de Fomento Paulista).

3 - Investidores-anjo

Empresários, executivos, empreendedores e profissionais liberais com carreiras de sucesso investem até 5% de seu capital em um novo negócio em troca de uma participação societária – visando, futuramente e com a anuência do empreendedor, fazer o “desinvestimento”: vender sua parte por um valor acima do que investiu, contando com a valorização do negócio.

Geralmente, o investidor-anjo não entra em um negócio sozinho: em duplas ou grupos que podem reunir até 30 deles, em busca de diluir riscos, investem entre R$ 200 mil a R$ 600 mil nos novos negócios.

A participação dos investidores-anjo no negócio não passa por funções executivas: eles darão suporte por meio de sua rede de relacionamentos e por meio de mentorias, dividindo sua experiência e conhecimentos no suporte aos empreendedores.

Onde se pode encontrar um investidor-anjo? Há diversos clubes de investimento e empresas que reúnem esse tipo de investidor – e que promovem encontros e rodadas de negócios, nos quais empreendedores apresentam pitches para apresentar seus negócios. Um dos mais famosos, e sem fins lucrativos (ao contrário de empresas de venture capital), é o Anjos do Brasil.

O que você precisa ter para ter chances de conseguir um investidor-anjo? Além de uma ideia de produto ou serviço inovadora, que realmente resolva o problema do público a que se destina com inovações sobre o que já existe no mercado, é indispensável ter um bom planejamento e uma proposta de investimento muito bem definida.

4 - Aceleradoras de negócios

Se você tem uma ideia ou um projeto com grande potencial de escalabilidade e rápido crescimento, talvez um empurrãozinho de uma aceleradora possa fazer a diferença.

Aceleradoras são empresas que promovem rodadas de investimentos em startups – chamados programas de aceleração, com duração entre 6 a 12 meses e que reúnem de 5 a 20 empresas por ciclo.

Depois de passar por um processo seletivo que pode ser chamado de “moedor de carnes”, as empresas selecionadas receberão infraestrutura, orientação/mentoria negocial, jurídica e técnica e o chamado “survival Money”, investimento para que a empresa “decole” durante o processo (e em troca do qual a aceleradora fica com 10% a 20% das ações do negócio).

Na hora do “desinvestimento”, a expectativa é que a empresa alcance um valor de mercado bem mais alto do que o que tinha quando iniciou o processo – e, dessa maneira, a aceleradora recupera seu investimento. Algumas grandes empresas, como bancos e indústrias, têm criado versões corporativas de aceleradoras de negócios – visando até mesmo diversificar seus investimentos. Um exemplo é o Inovabra.

Há, porém, aceleradoras de negócios sociais, que visam tanto iniciativas de alto impacto em setores da sociedade quanto a incentivar o empreendedorismo em camadas da sociedade sem acesso a outras formas de incentivo. Nesse caso, não há investimento financeiro, mas um ambiente de mentoria e parcerias – e que podem, sim, chegar até rodadas de investimento. Caso queira conhecer melhor essa forma de aceleração, dê uma olhada na Artemisia.

5 - Equity Crowdfunding

Forma moderna de “vaquinha” online, esse investimento coletivo abre espaço para que um conjunto de investidores se torne financiador de um novo negócio – igualmente em troca de uma participação societária (equity). Basta criar uma campanha em uma plataforma de crowdfunding (StartMeUp – ou Kickstarter). Quem curtir sua ideia de negócio “doa” para ele (na verdade, está comprando título da empresa). As campanhas de crowdfunding duram até 90 dias e o limite de captação é de R$ 5 milhões.

Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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