Houve um tempo em que “empreender” era sinônimo de risco em diversos níveis – tanto para quem empreendia quanto para quem financiava… E, por isso, havia poucos caminhos para empreendedores: empenhar todo o seu capital (verbas de rescisão de trabalho, o que poupou a vida toda), pedir emprestado para familiares e amigos ou buscar financiamento bancário.
Hoje, o cenário empreendedor, antes restrito a alguém que apenas queria “ser seu próprio patrão”, se mostra atraente, no qual negócios interessantes e promissores são criados por gente que enxerga realmente uma oportunidade de negócios viável e com potencial de crescimento. Estabeleceu-se no país um “pensamento empreendedor”– e, a reboque, todo um universo que passa, obrigatoriamente, por fontes de financiamento.
Dessa forma, startups com potencial de escalabilidade e pequenos negócios com boas perspectivas de inovação e retorno têm atraído a atenção de investidores – e, inclusive, feito bancos oficiais, como o BNDES, ou privados criarem linhas de crédito especiais para empreendedores, com taxas atraentes e prazos de carência de pagamento que permitem que esses negócios se estabeleçam.
E esse capital voltado para o desenvolvimento de empresas pode ser obtido de diversas maneiras. Aqui, vamos apresentar algumas delas.
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e bancos privados já entenderam que o empreendedorismo é um propulsor poderoso da economia. Basta lembrar que micro e pequenas empresas representam mais de 96% dos negócios formais do Brasil e, antes da pandemia, representavam 27% do PIB e 52% dos empregos formais. Ou seja: péssimo negócio ficar de fora dessa força econômica. Dessa forma, são muitas e variadas as linhas de crédito oferecidas atualmente. Caso queira conhecer uma delas, dê uma olhada no BNDES Microcrédito – Empreendedor.
Em busca de incentivar a inovação, muitos estados e municípios oferecem programas e linhas de crédito para empreendedores. Mesmo que a maioria seja voltada para empresas já estabelecidas, há alguns que também permitem acesso a novos negócios a opções de financiamento com prazos mais longos e taxas de juros bastante competitivas diante do que é praticado no mercado bancário. Um desses organismos oficiais é o Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista (antiga Agência de Fomento Paulista).
Empresários, executivos, empreendedores e profissionais liberais com carreiras de sucesso investem até 5% de seu capital em um novo negócio em troca de uma participação societária – visando, futuramente e com a anuência do empreendedor, fazer o “desinvestimento”: vender sua parte por um valor acima do que investiu, contando com a valorização do negócio.
Geralmente, o investidor-anjo não entra em um negócio sozinho: em duplas ou grupos que podem reunir até 30 deles, em busca de diluir riscos, investem entre R$ 200 mil a R$ 600 mil nos novos negócios.
A participação dos investidores-anjo no negócio não passa por funções executivas: eles darão suporte por meio de sua rede de relacionamentos e por meio de mentorias, dividindo sua experiência e conhecimentos no suporte aos empreendedores.
Onde se pode encontrar um investidor-anjo? Há diversos clubes de investimento e empresas que reúnem esse tipo de investidor – e que promovem encontros e rodadas de negócios, nos quais empreendedores apresentam pitches para apresentar seus negócios. Um dos mais famosos, e sem fins lucrativos (ao contrário de empresas de venture capital), é o Anjos do Brasil.
O que você precisa ter para ter chances de conseguir um investidor-anjo? Além de uma ideia de produto ou serviço inovadora, que realmente resolva o problema do público a que se destina com inovações sobre o que já existe no mercado, é indispensável ter um bom planejamento e uma proposta de investimento muito bem definida.
Se você tem uma ideia ou um projeto com grande potencial de escalabilidade e rápido crescimento, talvez um empurrãozinho de uma aceleradora possa fazer a diferença.
Aceleradoras são empresas que promovem rodadas de investimentos em startups – chamados programas de aceleração, com duração entre 6 a 12 meses e que reúnem de 5 a 20 empresas por ciclo.
Depois de passar por um processo seletivo que pode ser chamado de “moedor de carnes”, as empresas selecionadas receberão infraestrutura, orientação/mentoria negocial, jurídica e técnica e o chamado “survival Money”, investimento para que a empresa “decole” durante o processo (e em troca do qual a aceleradora fica com 10% a 20% das ações do negócio).
Na hora do “desinvestimento”, a expectativa é que a empresa alcance um valor de mercado bem mais alto do que o que tinha quando iniciou o processo – e, dessa maneira, a aceleradora recupera seu investimento. Algumas grandes empresas, como bancos e indústrias, têm criado versões corporativas de aceleradoras de negócios – visando até mesmo diversificar seus investimentos. Um exemplo é o Inovabra.
Há, porém, aceleradoras de negócios sociais, que visam tanto iniciativas de alto impacto em setores da sociedade quanto a incentivar o empreendedorismo em camadas da sociedade sem acesso a outras formas de incentivo. Nesse caso, não há investimento financeiro, mas um ambiente de mentoria e parcerias – e que podem, sim, chegar até rodadas de investimento. Caso queira conhecer melhor essa forma de aceleração, dê uma olhada na Artemisia.
Forma moderna de “vaquinha” online, esse investimento coletivo abre espaço para que um conjunto de investidores se torne financiador de um novo negócio – igualmente em troca de uma participação societária (equity). Basta criar uma campanha em uma plataforma de crowdfunding (StartMeUp – ou Kickstarter). Quem curtir sua ideia de negócio “doa” para ele (na verdade, está comprando título da empresa). As campanhas de crowdfunding duram até 90 dias e o limite de captação é de R$ 5 milhões.
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