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O que é agile marketing

Roberta De Lucca
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É uma maneira inovadora de gerenciamento de projetos de marketing que se adapta com agilidade e sem traumas às mudanças de rota de uma campanha

Está cada vez mais rápida a transformação de quase tudo e as empresas que buscam o sucesso precisam se adaptar para acompanhar esse ritmo. “Há uma demanda rápida e a resposta a isso tem de ser ágil e efetiva, porque hoje existem muito mais canais de comunicação e mais gente falando das mesmas e de várias coisas ao mesmo tempo”, afirma Felipe Collins, professor da Pós-graduação em Inovação, Design e Modelagem de Negócios da ESPM.

Nessa realidade de pluralidade de canais, nichos e estratégias há uma demanda maior da multidisciplinaridade, especialmente quando o olhar está centrado no cliente. Quem trabalha com marketing tem percebido o quanto é importante responder “ontem” às tendências, transformações e adaptações para se comunicar com o cliente e atender as suas necessidades de forma customizada.

Por conta disso, não há mais espaço para aquele estilo de trabalho que pensava no planejamento de uma campanha com começo, meio e fim sem levar em conta a volatilidade das coisas. Hoje, quem trabalha nesse segmento adota, está adotando ou precisa adotar o agile marketing, que, como próprio nome diz, é o marketing baseado na agilidade da resposta ao mercado.

Ciclos curtos e interação

“No agile, o planejamento é feito com base em ciclos mais curtos, rápidos e com interação para corrigir a rota sempre que necessário, sem que isso gere transtornos para a equipe”, explica Collins. Isso funciona superbem quando a empresa monta uma campanha ou projeto já sabendo que a qualquer momento a estratégia pode mudar.

Às vezes, a criação determina que a divulgação de um produto será feita com vídeos em uma rede social, por exemplo, mas depois de um período de teste conclui-se que a estratégia não atingiu a meta esperada e a solução é fazer outra coisa. Nesse momento o agile marketing entra em ação, sem causar traumas para o pessoal da criação, para a equipe que executa o projeto e até mesmo para o cliente. Porque todos já estavam trabalhando com a possibilidade de correção de rota.

Collins explica que nesse formato, primeiro desenha-se a estratégia para lançar o produto no mercado. Depois, prioriza-se a probabilidade de a estratégia dar certo e como vai ser o trabalho. “Nessa execução é muito importante trabalhar com dados. Se o produto vai ser vendido com uma campanha que envolve uma sequência de lives semanais de uma hora no período de um mês, é preciso saber quantas pessoas as assistiram, se uma hora é um bom tempo e se o público aderiu à ideia. Os números vão mostrar se estratégia deve seguir adiante ou não.”

Mudar é sempre bem-vindo

Para que tudo funcione no ritmo, Collins explica que “tem um time na cozinha” para organizar bem a casa, definindo os processos, os papeis de cada um e as rotinas. Como resultado, a carga operacional diminui e sobra mais tempo para a equipe pensar o projeto, acabando com o “bate-cabeça” que muitas vezes acontece quando a situação pede uma mudança. “O dia a dia fica mais organizado e com uma certa previsibilidade porque tem um modelo organizado de como fazer, e sobra mais tempo e espaço para criar sabendo porque está criando.”

A implementação do agile marketing serve para qualquer empresa, passando por B2B, B2C, atacado e varejo. Isso porque trata-se de uma atividade, de como fazer as coisas e como fazer campanhas. Apesar de o método carregar a palavra “marketing”, não se trata de um aprendizado exclusivo para quem é da área. Gerente de produto, fundadores de startups, gestores e líderes de equipe e até mesmo os colaboradores que querem mudar uma empresa anacrônica à modernidade podem levar esse conhecimento para os locais em que trabalham.

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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