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Economia da paixão: tudo o que você precisa saber sobre o conceito

Patrícia Rodrigues
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Fenômeno favorece a descoberta de novos propósitos para uma vida profissional que equilibra tranquilidade financeira, satisfação e qualidade de vida

Até bem pouco tempo, trabalhar com o que ama e ser bem remunerado por isso talvez fosse uma realidade para bem poucos — talvez o 1% que saem nas capas de revistas que tratam de sucesso no mundo dos negócios. Porém, para Marcelo Pimenta, professor da ESPM que acaba de lançar o livro Economia da Paixão – Como ganhar dinheiro e viver mais e melhor fazendo o que ama (DVS Editora), esse cenário tem tudo para se tornar a quarta “onda” da economia — depois da agricultura; da era da mecânica e da indústria; e das redes e do conhecimento.

O que é economia da paixão?

A economia da paixão permite ser dono do próprio negócio e/ou do próprio tempo, escolher quais projetos que você deseja trabalhar, as marcas as quais se associar, fazer uma semana de três dias, ser um nômade digital, não ter casa, ter novas formas de consumir. Isso tudo e muito mais, mas relacionado ao seu propósito de vida, de apoiar as causas que acredita. “Todos possuem potencial para ganhar dinheiro fazendo o que amam, desde que encontrem um estilo de vida compatível consigo. Fazer o que ama provavelmente trará mais saúde, mais vitalidade, mais longevidade”, acrescenta.

O que favorece essa nova forma de viver

A democratização do acesso aos meios de produção e venda de produtos físicos e digitais, a explosão das mídias sociais, games, aplicativos, e-commerce, conexão em banda larga por celulares cada vez mais acessíveis e potentes. Além disso, o aumento da longevidade que traz novas perspectivas tanto para o consumidor (que passa a ter um tempo maior de consumo e desejo para desenvolver novas atividades de lazer, ensino, autocuidado, educação) quanto para o profissional que não se contenta apenas com uma só carreira ou com um só assunto ao longo da vida.

Como a pandemia impulsionou esse movimento

“Nessa nova fase da humanidade, as pessoas descobriram novas capacidades, despertando para aquilo que é o mais importante – o interior delas mesmas. E, mais ainda, que sim, é possível viver delas, trilhar outros caminhos, adotar um novo estilo de vida, mais flexível, colaborativo e independentemente de idade”, explica o professor. “A pandemia apenas foi o catalisador: muita gente teve que se reinventar, com o mundo tendo que se adaptar a muitas coisas, que faz parte das várias características desse protagonista da economia da paixão”, acrescenta. “Nunca foi possível com tão pouco dinheiro iniciar um negócio, mesmo ainda pequeno no início”, afirma.

Quais os setores mais beneficiados por essa “nova ordem” econômica

Os chamados criativos — artes (pintura, escultura, fotografia, música), patrimônio cultural (museus, exposições, arqueologia, biblioteca), mídia (vídeos, TV, rádio, cinema, games) e produtos culturais (design, moda, brinquedos, arquitetura, publicidade) —, têm tudo para encontrar mercado próprio e também para fazer conexões com a indústria, com a agricultura e o varejo.

Economia da paixão para todos

Como aconteceu com o PC — que era algo aparentemente destinado a uma parcela muito pequena da população —, o especialista estima que daqui a alguns anos as pessoas vão falar ‘como assim, está louco de não trabalhar com o que gosta?’. Hoje, pesquisas apontam que 56% dos empregados com carteira assinada não estão satisfeitos com seus postos de trabalho e 64% desejam mudar de vida. “Temos diversos perfis e mindsets, vários momentos de vida, mas nada que impossibilite os +50 se descubram na economia da paixão”. O professor considera que a economia da paixão “será algo tão óbvio quanto hoje é um computador ou trabalhar com internet.”

Quer se aprofundar no tema? Marcelo Pimenta dará o curso Economia da Paixão e Transformação Pessoal na ESPM

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Patrícia Rodrigues

Jornalista colaboradora do Trendings.

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