A Pesquisa Game Brasil (PGB) existe desde 2013 e é realizada em parceria com a ESPM. Um dos seus objetivos é entender qual é o perfil do público que consome jogos digitais. Entre as suas análises, estão a faixa etária, a classe social e a relação com a família. A edição de 2022 do estudo foi realizada entre os dias 11 de fevereiro e 07 de março, e contou com a participação de mais de 13 mil entrevistados. Confira algumas curiosidades sobre os gamers brasileiros.
De acordo com a pesquisa, há uma pequena dominância do público feminino entre os jogadores: 51% dos entrevistados são mulheres. Entre elas, 45,1% se consideram gamers. “Os principais valores associados a ser gamer são a sua dedicação em tempo aos jogos digitais, a importância dos games para seu entretenimento, e o conhecimento que ele possui sobre jogos digitais”, afirmam no relatório.
De acordo com a pesquisa, a plataforma preferida do brasileiro é o smartphone. 48,3% dos jogadores utilizam esses dispositivos para jogar. 20% jogam via consoles de videogame e 15,5% pelo computador. “A ascensão do smartphone vem acompanhada pela maior oferta e variedade de jogos gratuitos e pelo acesso facilitado aos jogos digitais”, mencionam.
60,4% dos jogadores que têm o smartphone como a sua plataforma favorita para jogar são mulheres. “O público feminino representa a maioria dos jogadores de smartphone e se considera casual”, afirmam.
Os consoles de videogame e os computadores, por outro lado, têm um público majoritariamente masculino. 63,9% dos jogadores da categoria console são homens. 58,9% utilizam o computador.
O estudo aponta que 38,6% dos jogadores são da classe C, 36,4% da B, 13,5% da A e 11,6% da D. “O consumo dos jogos digitais, historicamente, é um entretenimento relacionado com classes sociais de maior poder aquisitivo”, comentam. No entanto, esse cenário já vem apresentando algumas mudanças. “Com a plataforma smartphone se consolidando nos últimos anos, é possível identificar o crescimento de classes sociais de menor poder aquisitivo”, acrescentam.
39,9% dos jogadores afirmam que moram com os pais. De acordo com a PGB, apesar de alguns jovens demonstrarem o interesse por saírem de casa, há vários fenômenos culturais e socioeconômicos que explicam esse resultado. Entre eles, estão a dificuldade em obter a casa própria, o aumento do custo de vida, períodos mais longos de estudo universitário e o adiantamento do casamento.
78,6% dos entrevistados pela PGB afirmam ter um cartão de crédito. “Dentro do território dos jogos digitais, é difícil ser consumidor sem cartão de crédito, uma necessidade para fazer compras online”, explicam. “É curioso notar que 17% desses jogadores não possuem. Possivelmente consomem os jogos que são gratuitos, adquirem seus jogos em lojas físicas, ou usam o cartão de outra pessoa”, relatam.
Outra curiosidade é que 36,3% investem em poupança. Os outros tipos de investimento mais comuns entre os jogadores são a renda fixa e as criptomoedas. As duas categorias estão acima de Tesouro Direto, previdência e renda variável.
Além de concluir que as atividades online aumentaram entre os jogadores durante o período de isolamento social, a pesquisa também coletou a informação de que 80,2% dos entrevistados afirmaram ter tomado todas as doses da vacina contra a covid-19. 77,6% são a favor da vacinação para todas as pessoas.
Apesar do aumento das atividades online entre os jogadores durante o período de isolamento social, 48,6% dos entrevistados também afirmaram que querem voltar a participar de eventos presenciais do setor, tais como campeonatos, feiras e convenções.