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Saiba o que é, para que serve e qual a importância dessa atividade para as empresas

Em meio à enorme quantidade de dados coletados pelas empresas para conhecer seu público, desenvolver estratégias para melhorar a performance do seu negócio, criar campanhas e novos produtos, existe um processo que não pode ser feito por nenhuma máquina, mesmo com todos os recursos da IA: trata-se da inteligência analítica, que mandatoriamente depende de um ser humano.

Por meio do raciocínio e da análise dos dados feita por um indivíduo é possível extrair o que há de melhor no data lake (lago de dados) – repositório que armazena grande quantidade de dados de uma corporação – e destinar esse material aos departamentos que podem transformá-lo em ações para a comunidade interna ou externa.

O que vem antes da inteligência analítica

“O lago vai sendo abastecido com os dados brutos que são trabalhados com técnicas de extração, transformação e carregamento para que eu consiga tornar os dados preparados pelo engenheiro de dados mais prontos para a utilização por uma equipe que vai tomar a decisão na empresa”, explica Flavio Azevedo, coordenador da graduação em Ciência de Dados e Negócios e da pós-graduação Inteligência de Dados em Negócios da ESPM.

Quando esse material está pronto a inteligência analítica trabalha para entender o que de melhor pode ser feito e a quem se destina o resultado dessa análise.

Os dados extraídos e transformados são colocados em um repositório de dados, ou data warehouse, que está pronto para criar relatório, dashboard ou modelo preditivo a partir de outras ferramentas. Essa análise pode ser feita com cruzamento de dados e quando há necessidade de trabalhar com uma projeção de futuro por meio de uma predição tem que usar a IA. Nessa etapa o cientista de dados analisa o material e entende qual é o melhor modelo e qual é o mais apropriado para a empresa resolver um problema.

Para exemplificar, Azevedo faz um paralelo com o ciclo do ouro. O ouro in natura, que está embaixo da terra, é extraído pelo engenheiro de dados que o transforma em barras e as transporta para um depósito. O cientista de dados pega as barras e produz anéis, brincos, braceletes e outros itens e os entrega para um terceiro ator, que é o desejo de toda empresa: o citizen data scientist, ou cientista de dados cidadão.

O que faz um cientista de dados cidadão

Esse profissional tem papel extremamente relevante porque é ele que pega os produtos da extração do ouro e os oferece dentro e fora da corporação. “O cientista de dados cidadão trabalha com ferramentas analíticas como, por exemplo, Tableau, Power BI, RapidMiner e Orange. Existem diversas ferramentas que esse usuário avançado utiliza e é isso que a empresa quer. Toda essa parte analítica quem faz é o cientista de dados cidadão”, diz Azevedo.

O cientista de dados cidadão faz a venda do ouro, trabalhando a presença de marca e mostrando que ela está na rota certa. Para uma empresa data driven, que é orientada por dados, é essencial fazer esse caminho de prospecção do ouro até a venda do produto.

O que faz a inteligência analítica

A tecnologia automatiza processos e ajuda a trabalhar com predição, feita com o auxílio da inteligência artificial, e o resultado desse processo depende de o ser humano entender que dentro de uma métrica aquele modelo realmente responde a 80 ou 90% do que você quer. Isso é estatística e ajuda a indicar se o modelo é bom ou não. Quem testa para ver se funciona é sempre um ser humano.

Um exemplo de inteligência analítica

A Coca-Cola tinha dificuldade de entender por que determinados tipos de produtos não estavam sendo repostos de forma adequada nos estabelecimentos comerciais de seus clientes. A empresa contratou uma consultoria especializada e hoje trabalha com uma ferramenta para que o caminhão identifique que falta produto A ou B na prateleira daquele ponto de venda.

Isso ajudou a empresa a repor os produtos de forma adequada e resolveu uma questão muito complexa para a corporação. Hoje é possível entender em tempo real qual é a deficiência no atendimento e o que falta para o cliente. Por conta da precisão no atendimento no tempo certo e na hora certa, diminui a taxa de churn (número de cancelamentos).

“A Coca-Cola não teria condições técnicas de pensar no todo e tem empresas que prestam consultoria para resolver o problema. Mas isso não entra no mérito do faturamento. Claro que essa ação impacta no faturamento, mas a consultoria é para resolver um problema de reposição e atendimento”, diz Azevedo.

A formação dos cientistas e engenheiros de dados

O curso de Ciência de Dados e Negócios é uma graduação técnica oferecida pela ESPM que forma cientistas e engenheiros de dados. A universidade também oferece a pós de Inteligência de Dados em Negócios, criada para suprir a demanda da formação de cientista de dados cidadão. É um curso que não aborda programação, mas ensina a usar ferramentas analíticas de alto nível que ajudam na tomada de decisões baseadas em dados.

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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