Novo modelo de ensino permite que estudante crie sua própria trilha de conhecimento

As exigências no mundo do trabalho acompanham as rápidas transformações da sociedade e da evolução do mercado – e nem sempre os profissionais conseguem se atualizar nessa mesma velocidade. Afinal, cursos tradicionais de pós-graduação e mestrado requerem em média de um a dois anos de dedicação.

“Hoje tudo é mais imediatista e demanda adaptações constantes, e a área da educação tem que acompanhar essas demandas de formação profissional oferecendo novas possibilidades de ensino”, diz Caio Bianchi coordenador do Dynamic ESPM.

Dessa necessidade nasceu o ensino baseado no desenvolvimento de competências. Segundo Bianchi, atualmente a formação tradicional de um profissional privilegia o fornecimento de conhecimento sobre determinada profissão ou área, mas o mercado está pedindo pessoas que sejam boas em competências e soft skills.

Tome como exemplo a questão da diversidade. As empresas estão se adaptando em vários setores, mas onde o profissional de RH ou de nível gerencial vai buscar bagagem para atuar com embasamento real e sólido? Se ele tem à sua disposição a possibilidade de fazer cursos com pouca carga horária, direcionados ao que ele necessita e tendo à sua disposição um cardápio de temas que vão nascendo na mesma velocidade em que as transformações acontecem, provavelmente vai se sentir no melhor dos mundos do desenvolvimento profissional.

“Isso é o lifelong learning, que é a base da estratégia da educação continuada, com a vantagem de o aluno criar a sua própria trilha de conhecimento”, explica Biachi. Nesse modelo, o estudante define o que quer aprender e com a profundidade que deseja, já que um assunto é abordado com diferentes níveis de conteúdo, permitindo a customização. Quem busca uma formação mais completa pode fazer vários cursos individuais, criando um pacote sob medida e aumentando a robustez das suas certificações.

Na ESPM, a duração média dos cursos do Dynamic é de 12 a 20 horas. Ao concluir, o aluno conquista um badge, um certificado digital que pode ser inserido no LinkedIn. Assim, quem busca profissionais na plataforma com determinada competência pode acessar o badge e verificar o contexto do curso, a carga horária de participação do aluno e o que ele fez para receber o selo. Acumulando badges de diferentes cursos o estudante conquista qualificações ainda mais completas, desde um nanodegree até uma pós-graduação.

“Essa é a próxima fronteira de tecnologia de certificação. É uma iniciativa global que surgiu num consórcio internacional e essa comunidade desenvolve esse protocolo internacional que determina as características que um badge tem que ter para estar de acordo com esses protocolos”, explica Bianchi.

Para ele, o futuro da educação está na flexibilidade da customização pelo profissional que tem maturidade para montar a sua trilha. “É como escolher entre comprar um pacote de viagem em uma agência, que te entrega tudo pronto, ou planejar a sua própria viagem escolhendo o hotel e o roteiro”, resume

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