fbpx
LOADING

Digite para procurar

Posso cobrar meu chefe?

Jorge Tarquini
Compartilhar

Não só pode como deve. Aqui, não é uma questão de “o quê” – mas de “como”.

Houve um tempo em que as relações no ambiente de trabalho eram balizadas pela frase “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Ou seja: o que um chefe diz é lei. E lei a gente não questiona, simplesmente obedece.

E, em nome dessa “sacralização” da cadeira na parte superior dos organogramas, muita gente viu desastres sendo gestados sem querer (ou, na maioria das vezes, poder) contradizer “quem manda”.

Mas isso, convenhamos, é uma situação extrema. No cotidiano, o que mais pega é ter de cobrar o chefe. Seja algo simples, que depende da simples decisão do “vamos nessa” ou do “segure um pouco” até o retorno de um projeto que, pedido às pressas, foi entregue com rapidez e eficiência, mas que repousa há semanas na mesa (ou no e-mail) do chefe.

Corporações modernas (e que querem sobreviver e chegar ao futuro e se aprimorar para continuar sendo modernas) não abriram mão de hierarquia (e nunca abrirão: faz parte da natureza ter alguém que se responsabilize pela organização, a liderança e os resultados de todos – assim como o maestro que rege uma orquestra de virtuoses que, sem ele, soaria como uma cacofonia sem sentido).

O que mudou, então? O entendimento de que uma cadeira não torna ninguém infalível ou “acima de qualquer crítica ou cobrança”. Ou seja: ele faz parte da equipe. E, como tal, pode ser relembrado de uma resposta que está devendo, do retorno sobre um projeto pedido com urgência ou até mesmo alertado de que alguns dos talentos de sua equipe têm uma visão diferente do caminho a ser adotado diante dos desafios cotidianos ou até mesmo estratégicos.

Esse tipo de abertura torna o ambiente de trabalho mais rico em trocas e aprendizados, motiva as pessoas a não apenas exporem suas visões mas a mostrar seus talentos soterrados sob as tarefas do dia a dia. E não significará qualquer falta de respeito, insubordinação ou algo do gênero: trata-se apenas de fazer de mão dupla os manjados discursos de sinergia e team work.

E como fazer? Simples: relembre brevemente como o assunto foi abordado (ou seja, de onde partiu inicialmente o tema ou como surgiu a ideia) e apenas cobre se já há algum retorno sobre as propostas que você enviou. Ou, no caso de algo mais delicado, peça para conversar – e, novamente, faça um breve histórico da natureza do assunto, relembre o que já foi feito (e quando) e peça uma previsão para que o assunto possa ser resolvido. Não tenha medo: você está falando de trabalho (e não pedindo empréstimo rsrs…).

LEIA TAMBÉM:

8 dicas para conquistar e se dar bem em um cargo de liderança

13 comportamentos que um chefe jamais deve ter com seus funcionários

6 dicas para liderança em home office

Tags:
Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

Deixe um comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *