Na imperfeição da sociedade e do ser humano, existem relações de trabalho que não funcionam. Por mais que se tente lubrificar a engrenagem ela engripa em algum lugar. Se o colaborador não atende as expectativas do chefe, pode ser substituído por outra pessoa. Mas quando acontece o oposto, de o chefe pegar no pé ou tratar mal o funcionário, o que pode ser feito? Para destrinchar essa pergunta o Trendings ouviu a professora Adriana Gomes, coordenadora nacional da área de Carreira e Mercado da ESPM.
Existem líderes que se colocam numa posição de pouca argumentação e não mudam. Na sua cabeça, eles têm o poder de fazer certas coisas, como expor o funcionário numa reunião ou reclamar dele na frente dos outros, mesmo que isso não seja ético. O gestor até sabe que não deve ter essa atitude, mas pode fazer isso e faz.
Se o gestor costuma se comportar dessa maneira, dificilmente vai ouvir o funcionário, porque o seu estilo de trabalhar é esse. Particularmente, não recomendo falar com o chefe, porque geralmente é uma pessoa que não está disposta a receber feedback.
Pedir demissão.
Isso só funciona se a empresa tiver uma cultura bem estabelecida de treinamento de liderança. Já vi casos em que o RH assume uma posição ausente e, se esse departamento é omisso, a conversa não segue adiante.
Sim, e nesse caso o RH tem que tomar providências. Mas se o não é gentil, muitas vezes isso é encarado como uma questão de relacionamento entre gestor e equipe. Mesmo porque, tem outro elemento, que é o de como uma pessoa quer ser tratada.
Em algumas situações, sim. Ninguém tem de ser atencioso e gentil o tempo todo, há dias em que as pessoas não acordam bem ou estão com outros problemas. Então é importante ambos os lados terem essa visão. O chefe perceber que o colaborador não está em seu melhor dia e vice-versa.
Sim. Mas hoje em dia tem muito mais gente legal na chefia do que não legais, porque as empresas estão mais atentas e treinando melhor os gestores. Isso pode ser aprendido e existem gestores muito bem treinados que são atenciosos com o time. Tenho visto muito esse perfil nas empresas, em tempos de crise como agora, é preciso ter alguém com mais maturidade e equilíbrio para comandar as pessoas.
Estou passando por isso.
Tem 3 semanas que minha encarregada só me trata muito mal.