Gestão de redes sociais: confira dicas para ser eficiente

Se não forem gerenciadas com carinho, as redes sociais podem acabar com toda a comunicação de uma empresa. É o que avalia Bruno Peres, coordenador da pós-graduação Certificate em Comunicação e Marketing Digital da ESPM. O especialista bateu um papo sobre gestão de redes sociais no episódio 20 do Lifelong Cast, podcast da ESPM sobre o futuro do trabalho e dos negócios. Confira alguns destaques dessa conversa: 

Apesar de parecerem sinônimos, os termos mídias sociais e redes sociais não podem ser utilizados dessa forma. “O termo mídias sociais se refere ao uso de tecnologias e plataformas digitais para a troca de informação e troca de conteúdo. Então, é um conceito um pouco mais amplo que engloba dentro dele qualquer tipo de mídia online, mas que tenha uma interação social”, explicou Bruno. “Quando eu falo de rede social, ela está contida dentro da mídia social e das mídias digitais. São plataformas que permitem que os usuários se conectem, compartilhem informações, interajam, criem comunidades. Então, redes sociais são as plataformas.”  

De acordo com o professor da ESPM, planejamento, frequência, monitoramento e mensuração de resultados são pontos-chave para o gerenciamento de perfis nas redes sociais. E o ponto de partida para todas essas outras etapas é a definição de objetivos.  

“Se você não sabe para onde quer ir, vai fazer escolhas erradas e isso vai impactar, inclusive, outras questões, como resultados e métricas. Tudo é baseado em um objetivo”, afirma Bruno. “Você precisa saber quem é o seu público-alvo, porque públicos-alvos distintos estão em redes distintas. Você identifica o público-alvo para escolher a plataforma. Aí inicia os três pilares básicos para se gerenciar uma rede social. Você tem que ter planejamento de conteúdo, monitoramento e atendimento.”  

Bruno recomenda que se acompanhe, principalmente, a taxa de engajamento, a taxa de conversão e a taxa de visualização das publicações. Segundo o especialista, a quantidade de seguidores é hoje uma métrica menos importante e em algumas redes sociais nem interfere na quantidade de pessoas que vão ver suas postagens. “Um exemplo é o TikTok e agora o Instagram, com o reels, que vem seguindo a mesma lógica: não entrega mais o seu conteúdo apenas para quem te segue ou não. Entrega de acordo com a tendência, com o comportamento. Ou seja, a quantidade de seguidores vai se tornando cada vez mais irrelevante.”  

Muito mais do que vender um produto ou um serviço, hoje, as redes sociais funcionam como uma ponte para que empresas e consumidores se aproximem. “É uma mídia social, é uma mídia onde você tem que ter uma interação. Ali, você está humanizando a sua marca. Então, faz parte a discussão, faz parte a conversa. Tem algumas marcas que dão aula disso”, exemplifica o professor, citando Netflix, Magalu, Pontofrio e Casas Bahia. 

Mas essa exposição também tem um custo. “As empresas precisam entender que, uma vez que você está nas redes sociais, o seu teto vira de vidro. Você será alvo de comentários, você precisa aprender a gerenciá-los. Por isso, a análise de sentimentos e o monitoramento vão te ajudar a entender o que precisa de atenção ou não”, alerta. “Se você monitora quais são as dúvidas do seu público, quais são os posts que estão indo melhor, você vai ter insights para produzir um conteúdo cada vez mais valioso.”  

Ouça o episódio completo: 

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