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Você não é o seu cargo…

Jorge Tarquini
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É primordial saber a diferença entre ser e estar 

Dá muito orgulho quando somos promovidos e alcançamos uma posição cobiçada ou de liderança nas estruturas de trabalho. Cargos com nomenclaturas bacanas, mesmo que o salário não seja assim tão reluzente, são distintivos de reconhecimento e de qualificação. E conferem poder – ou ao menos maior liberdade e alcance hierárquico. Parabéns!!!

Meu pai costumava dizer que o poder, por menor que seja, não muda o caráter de ninguém: apenas o revela. Um sinal de que o “sucesso” subiu à cabeça – no pior sentido da ironia. Eis, então, o maior desafio de quem ganha um cargo distintivo: se equilibrar entre a liturgia do cargo, a responsabilidade de liderar antigos pares e praticar, no cargo, as mesmas qualidades profissionais e humanas que demonstrou para consegui-lo. Afinal, você não é “chefe” – você está chefe (ou líder, comandante, mandachuva etc.).

São inexoráveis a transitoriedade e a fatal impermanência no olimpo profissional (mesmo que se mantenha por lá pelo resto da vida profissional, nem ela é eterna e nem você imortal).

Claro que não há receita para isso e cada pessoa vai desenvolver seu perfil de liderança ao longo do exercício dessa liderança e de seus desafios. Porém, há algumas coisinhas que podem compor uma lista de “lembretes”.

Fuja dos estereótipos de chefia

Nada contra buscar referências em antigos colegas a quem você estava subordinado (tantos os bons quanto os ruins): dá um bom parâmetro do que fazer. Porém, não caia na tentação de “imitar” nenhum dos comportamentos: busque realmente entender por que algumas atitudes foram tomadas por eles – principalmente aquelas das quais você discorda. Isso pode preparar você para saias justas que certamente surgirão. Lembre-se: agora á a vez de discordarem das suas decisões…

Não se esconda atrás da cadeira

Todo mundo já foi criança e passou raiva quando o pai ou a mãe respondeu “porque sim” ou “por que eu disse que é assim”. É uma forma fácil de se esconder atrás da autoridade da cadeira – e uma mais fácil ainda de deixar evidentes seu despreparo para sentar nela…

O mundo gira

Hoje, você pode estar em uma posição de chefia, mas nada impede que um subordinado seu tenha uma ascensão e, de alguma forma, se torne seu chefe (seja nessa empresa ou em outra). Certamente, essa é a típica situação que confirma o ditado de que “a vingança é um prato que se come frio”.

Sobreviva ao seu cargo

Ao borrar os limites entre quem você é e o que você faz (ou o cargo que você ocupa) é mais de meio caminho andado para desilusões futuras. E uma tentação é querer viver do passado. Quem vive de passado é BBB (que, se não “decolar”, para sempre se apresentará como “ex-BBB”).

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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