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6 perguntas e respostas sobre os cursos EAD

Roberta De Lucca
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Para quem é indicado? O certificado é o mesmo do presencial? Gerente de Educação à Distância da ESPM esclarece essas e outras dúvidas sobre o tema 

A educação à distância é muito mais antiga do que se imagina. No final do século 19, existiam professores que vendiam cursos de taquigrafia (conversão de palavras em sinais para agilizar as anotações) por correspondência. No Brasil, a partir de 1941, o Instituto Universal Brasileiro se tornou referência, permitindo a muitas pessoas o acesso à formação técnica em eletrônica, contabilidade, desenho e estética, entre outros. “Com a expansão da tecnologia, o que era feito de maneira impressa rumou para o digital e a partir de 2002 foi impulsionado pelo Ministério da Educação em função da necessidade de formação de professores do então primeiro e segundo graus que residiam no norte do país”, conta Cristina Valiukenas, gerente de Educação à Distância da ESPM. 

O sucesso desse método levou as universidades públicas brasileiras a abrirem linhas de pesquisa para entender a linguagem, a metodologia, o processo de aprendizagem e os recursos do Ensino à Distância (EAD). Hoje, o método se tornou comum e, inclusive, foi desmistificado com a pandemia, que fez crescer a demanda e a oferta de temas. “Havia preconceito com o EAD por parte de algumas pessoas que achavam que se trata de um ensino de qualidade inferior, o que é um grande equívoco”, afirma Cristina.

Para quem é indicado?

Estudar sem a rotina de ir para a sala de aula não é para qualquer um, porque é muito diferente uma aula presencial de uma ao vivo online, ou assistir ao conteúdo gravado, em que não interação com o professor. O aluno precisa ter habilidade de planejar o horário de estudar e fazer as tarefas. Isso implica em comprometimento, capacidade pessoal de organização de tempo e de saber lidar com um processo de aprendizagem em que é a pessoa que vai exercitar a sua capacidade de compreensão das matérias, buscar informações complementares e pesquisar mais sobre um assunto. Para isso, é necessário ser proativo e independente nas escolhas, porque não vai haver um professor para explicar o que deve ser feito, como ocorre em sala de aula 

O que muda em relação ao presencial?

O EAD prevê que o estudante leia o conteúdo antes da aula e depois de assisti-la ele acessa materiais complementares. Uma vantagem é que a possibilidade de poder rever a aula e reinterpretar o que aprendeu, tornando a aprendizagem mais produtiva e eficiente. Claro que isso depende do empenho de cada pessoa e do seu interesse em explorar ao máximo o conteúdo.  

Quais são os modelos de EAD?

Existem modelos de aula online ao vivo, gravada e híbrido, que mistura online e gravada, ou presencial alguns dias da semana com online ao vivo ou gravada. Atualmente, o Ministério da Educação permite que cursos de graduação e pós-graduação latu sensu sejam ministrados à distância, além dos cursos de especialização como MBA e de educação continuada. 

EAD estimula interação entre os alunos?

Existem universidades que prezam pelo relacionamento entre os estudantes e organizam grupos de trabalho para fortalecer a troca de ideias e de aprendizado. Indiretamente, isso desenvolve soft skills, preparando o futuro profissional para o mercado. Nos casos em que a instituição não promove essa interação, o aluno proativo também cultiva essas capacidades a partir da sua própria curiosidade em aprender, pesquisar e buscar soluções para as suas dúvidas. Vale dizer, que os cursos mantêm um tira-dúvidas com o corpo docente.

O certificado tem o mesmo peso de um curso presencial?

Sim, o certificado tem a mesma validade de uma graduação presencial. Segundo Cristina Valiukenas, receber um diploma em EAD deveria ser motivo de muito orgulho, porque o curso à distância faz a pessoa desenvolver competências que o mercado de trabalho espera de um profissional: autonomia, planejamento e organização. 

Como escolher um curso em EAD?

Em primeiro lugar avaliar a afinidade da instituição de ensino com o tema do curso pretendido, ou seja, procurar uma universidade que já tenha vocação em saúde, se a ideia é estudar algo nessa área. Depois analisar a sua proposta pedagógica para o EAD e avaliar se ela se encaixa com a expectativa de experiência de aprendizagem e sobre como vai ser o acesso ao curso (horário das aulas, carga horária e outras particularidades). Outro ponto importante é pesquisar as referências do coordenador e o conteúdo programático do curso.

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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