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Blockchain: o que é e como funciona

Roberta De Lucca
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Sistema que faz registro e validação de transações vai muito além das criptomoedas, explica especialista

De maneira simplificada, o blockchain pode ser explicado como um sistema que faz registros e validações de transações digitais por meio de uma rede descentralizada de computadores. Essa tecnologia pode ser utilizada em diversos segmentos, que vão além do mercado financeiro e das criptomoedas. Para entender como esse sistema funciona e onde é aplicado, conversamos com Adrian Kemmer Cernev, professor de Blockchain e Criptoativos da graduação em Sistemas de Informação da ESPM em São Paulo.

Como surgiu

Surgiu com a bitcoin, uma criptomoeda anunciada por Satoshi Nakamoto – pseudônimo de um individuo ou grupo – como um sistema de investimento livre de intermediários; ou seja, as pessoas poderiam fazer transações financeiras sem precisar de bancos e agências do segmento. Para executar essas transações é necessário o sistema chamado blockchain.

Como funciona

O blockchain armazena dados em blocos que se interligam entre si, como se fossem páginas de um livro contábil que registra todas as transações. Quando a primeira informação é lançada na primeira página, as demais informações são adicionadas às páginas seguintes e assim sucessivamente, e todas as páginas têm uma assinatura inviolável. Aqui vale dizer que todas as informações são abertas e não criptografadas.

Para que serve

Além de criptomoedas, o blockchain é usado para registro de dados em diversos segmentos. Registros de informações e trabalhos acadêmicos, controle de pagamentos de fornecedores, armazenamento de contratos e criação de prontuário médico de cidadãos atendidos na rede pública ou privada, entre outras possibilidades.

Quais as vantagens

A primeira delas é a confiança entre as partes que trabalham com esse sistema, porque quando a primeira informação é lançada por um dos envolvidos, tudo o que acontece a partir dela se baseia na verdade dessa informação. Depois vem a segurança de um sistema inviolável, porque não é possível inserir dados aleatoriamente no blockchain. Sendo assim, uma transação só pode ser realizada uma vez, inibindo duplicidade e fraudes.

Conheça alguns exemplos práticos do uso do blockchain

Rastreabilidade de recursos
Plataformas como a Ripple e a Ethereum oferecem soluções em blockchain. Uma delas é o BNDESToken, desenvolvido pela Ethereum para o BNDES, que se destina ao acompanhamento de patrocínios culturais e empréstimos feitos a ONGs. O intuito é garantir a transparência e a rastreabilidade do uso do dinheiro.

Cartórios
Dados perenes de imóveis e cidadãos, como nascimento, casamento e óbito, podem ser armazenados por cartórios que adotarem o sistema.

Empréstimos
Financeiras de veículos e imóveis têm à disposição uma ferramenta que encurta o trabalho de conferir se as parcelas foram pagas ou não, e, ao término do contrato, a quitação entraria automaticamente no sistema, que já providenciaria a emissão da documentação do proprietário ou mesmo a comunicação de alienação do veículo para o Detran, economizando tempo e mão de obra.

Smart contracts
Os contratos inteligentes são autoexecutáveis e têm regras programáveis que devem ser cumpridas pelas partes envolvidas, como direitos, deveres e penalidades. A vantagem é que não podem ser adulterados.

Logística
No envio e recebimento de cargas marítimas intercontinentais, o blockchain agiliza processos de conferência e trâmites alfandegários. Na indústria alimentícia, pode ser usado desde a saída da matéria-prima da lavoura ou fazenda, até a sua chegada ao supermercado e, consequentemente, à casa do consumidor.

NFT
O NFT (Non-Fungible Token) é uma espécie de certificado digital que indica a propriedade e exclusividade de um ativo representado por um token. Com essa tecnologia baseada em block chain é possível comercializar obras de arte, músicas, itens de games e outros ativos digitais.

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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