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Presencial, home office ou híbrido? Profissionais e empresas divergem

Jorge Tarquini
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Ao menos é isso que pesquisas recentes têm apontado: preferências que caminham em sentidos contrários…

Durante os períodos mais críticos da pandemia, o que mais se ouvia eram odes e declarações de amor de empresas e profissionais ao home office. “Aumentou a produtividade”, apontavam alguns. “Ganhamos em qualidade de vida”, ressaltaram outros. “Economizaremos com aluguel de espaços”, preconizaram muitos. “O híbrido vai perdurar mesmo depois da pandemia”, sentenciaram os mais entusiasmados.

Veio, então, o começo da retomada – e, com ele, o modelo híbrido, com os funcionários em rodízios de 50%/50% presencial/remoto. Com o avanço da vacinação, a diminuição dos casos de Covid-19 e o natural afrouxamento das medidas de restrição, tudo mudou.

Como “amor de verão que não sobe a serra”, a paixão demonstrada pelas empresas se transformou em festivos anúncios da “volta ao 100% presencial – sem rodízio ou escalonamentos”. Porém, os profissionais não compartilham desse entusiasmo.

Uma pesquisa feita em setembro com 686 profissionais pelo Talenses Group, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), aponta que 72,7% dos entrevistados preferem manter o sistema híbrido, indo ao local de trabalho em dias alternados com expediente em home office. E mais: acreditam que esse é o sistema que melhor se adapta ao desempenho de suas funções. E com ganhos de produtividade

Pelo lado das empresas, outra pesquisa, essa realizada pela KPMG entre julho e agosto, aponta que 52% delas se preparam para a volta 100% presencial até o final do ano. E que 15% nem consideram mais manter a opção do home office. Ou seja: querem voltar ao “velho normal”.

Esse conflito de visões e expectativas, pelo visto, promete acelerar uma troca de cadeiras nas empresas, com profissionais buscando a possibilidade de encontrar oportunidades que permitam a manutenção do “novo normal” e das adaptações realizadas durante a pandemia – e empresas, ao manter a opção pela “velho normal”, terão de buscar pessoas que concordem com essa decisão.

Um fato curioso sobre a pesquisa com profissionais: os mais jovens, que enxergam no trabalho uma oportunidade de socialização, network e aprendizado, preferem o presencial, até mesmo por não terem, muitas vezes, condições ideais de espaço, conexão e conforto para realizar seus trabalhos.

Alguns dados, porém, são comuns a todos os tipos e idades de pessoas: 85,2% concordam total ou parcialmente que houve um aumento de carga de trabalho. E muitos ainda apontam que há empecilhos ao melhor desempenho e a produtividade. E 44% falam da necessidade do contato com seus colegas 35,4% apontam como negativo o convívio intenso com outros moradores na casa e 25,8% apontam distrações diversas (principalmente TV e redes sociais).

O que tudo isso quer dizer? Que o modelo de trabalho híbrido talvez se transforme em um dos benefícios que os profissionais considerarão para aceitar ou não ofertas de trabalho. Ou seja: muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte…

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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