Falar sobre o impacto e as consequências da destruição da natureza para o planeta não é novidade, mas o engajamento da sociedade com esse tema é cada vez maior, principalmente entre os jovens. Parte dessa geração tem uma preocupação imediata com o tema e, além de se envolver em movimentos em benefício do meio ambiente, tem feito uma cobrança mais efetiva no posicionamento de governos e empresas. Uma pesquisa global realizada pelo WWF sobre ecoativismo digital revelou que nos últimos cinco anos o envolvimento da população com as causas ambientais cresceu 16%. Essa tendência foi expressiva em países emergentes, principalmente da Ásia, como a Índia (190%), o Paquistão (88%) e a Indonésia (53%).
O estudo foi realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU) para a WWF entre 2016 e 2020, em 54 países que concentram 80% da população mundial. Nesse período contatou-se que posts sobre biodiversidade e perda da natureza no Twitter cresceram 65%. Abaixo assinados em campanhas relacionadas à biodiversidade também ganharam força desde 2016, totalizando 159 milhões de assinaturas. O país de onde saiu o maior número de adesões foi o Brasil, com 23 milhões, o que representa 14% do total pesquisado.
No evento de lançamento da pesquisa, o especialista em tecnologia Mimrah Mahmood, da Meltwater comentou a importância das redes sociais para disseminar, a partir do ponto de vista dos cidadãos de regiões afetadas, o conteúdo relacionado às questões ambientais, conforme publicado no site Meio & Mensagem. Nesse sentido, o jornalista Marlowe Hood, da Agência France-Presse, disse que a mídia está atrasada em relação à divulgação desse tipo de notícia, apesar de ter aberto espaço para ela nos veículos de comunicação. Hood ainda comentou que tem percebido entre seus alunos de jornalismo um interesse crescente sobre o assunto, podendo levar ao aumento do interesse da Imprensa pelo meio ambiente.
Para ler a pesquisa completa em espanhol ou inglês, clique aqui.
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