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Pesquisa aponta hábitos digitais e os apps preferidos dos idosos na pandemia

Roberta De Lucca
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O isolamento social levou ao aumento do uso de celulares para a comunicação e o consumo de bens e alimentos

Diante da impossibilidade de sair de casa, os idosos passaram a usar mais a tecnologia no dia a dia. Essa é a conclusão de um levantamento realizado pela empresa de pesquisa Offerwise e que resultou no relatório O uso da tecnologia e impactos da pandemia na terceira idade, divulgado no dia de abertura do 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa, em 16 de março.

Foram ouvidas 414 pessoas acima de 60 anos das classes A e B (26,6%) e C, D e E (73,4%) em todas as capitais do país, sendo 56% mulheres e 44% homens. As pesquisas online foram realizadas em fevereiro de 2021 e apontam dados interessantes sobre o comportamento desses cidadãos e potenciais consumidores.

Os apps de maior acesso são os de redes sociais, representando 72% do uso geral de aplicativos. O campeão é o WhatsApp (92%), seguido pelo Facebook (85%) e pelo YouTube (77%). O Telegram caiu no gosto de 30% dos idosos. Além das redes sociais, outros apps que fazem sucesso entre os mais velhos são os de transporte urbano (47%), bancos (45%), compras (34%) e delivery de refeições (28%).

O principal dispositivo de acesso à internet é o smartphone, citado por 84% dos pesquisados, os quais utilizam o aparelho no mínimo quatro dias por semana. Segundo eles, o que os motiva a ficar online é a busca por informação (64%), a comunicação com parentes e amigos (61%) e a procura por produtos em lojas virtuais e serviços de delivery (54%).

No que se refere à compra de produtos, os mais adquiridos são eletroeletrônicos (58%), remédios (49%) e eletrodomésticos (47%). Em contrapartida, as despesas com viagens (37%), bares e restaurantes (36%), calçados, roupas e acessórios de vestuário (36%) tiveram as maiores quedas.

Visão sobre a pandemia

A pesquisa também incluiu um levantamento do comportamento e sentimentos dos mais velhos com relação ao coronavírus. O medo de perder pessoas amadas foi apontado por 86% dos entrevistados, seguido pelo temor de ser contaminado (75%). Angústia e ansiedade figuram em 63% das respostas, o sedentarismo (65%) e mudanças na qualidade de sono (51%) são outros fatores nas alterações de comportamento.

A preocupação com a pandemia afeta 95% dos entrevistados, ao mesmo tempo em que 78% se dizem otimistas. Tomar a vacina é meta 79% das pessoas, enquanto 12% ainda estão indecisas e 8% já decidiram que não vão se imunizar.

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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