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As empresas estão preparadas para a gestão da volta ao escritório?

Jorge Tarquini
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O atropelo do início da pandemia foi substituído por um certo desconforto com a volta – mesmo planejada. Talvez apostar em que “tudo vai se acomodar” pode não ser o melhor caminho 

Com a liberação das restrições na maior parte do país, que permitem, entre outras coisas, a volta “100% presencial” aos ambientes de trabalho, sem qualquer rodízio ou limite de capacidade, as empresas estão retomando mais ou menos de onde pararam em março de 2020 – e, muitas delas, com os dispensers de álcool gel e cuidados com a limpeza dos ambientes, não apresentam muitas mudanças.

Além dessa retomada dos espaços, muitos profissionais, geralmente ansiosos com o retorno, também apostam que outras conquistas do trabalho remoto possam simplesmente ser esquecidas. Lembra das aprovações digitais? Será que elas sobreviverão nessa volta? Ou rapidamente retomaremos as papeladas em três vias para autorizar um pagamento? Vamos retomar as viagens de avião para que as pessoas participem de reuniões de duas horas (mas cujo ritual casa-aeroporto-avião-táxi-reunião-táxi-aeroporto certamente consome o dia todo) ou passaremos por cima do cansaço do “tempo de tela” para não abandonar mais essa prática?

Independentemente de como os profissionais se sentem, fica uma questão em aberto: se e como as empresas estão se preparando para enfrentar os efeitos deletérios que a rotina presencial impõe? Para os profissionais, é uma volta (para muitos indesejada) a pegar trânsito ou transporte público cheio, comer fora (mal e caro), ter de resolver questões domésticas que permitam a volta e, mais complicado, ter de entregar a mesma produtividade dos tempos em home office – sendo que, com a volta, bancos de horas e horas-extras voltarão a somar custos que a volta vai retomar.

Posso estar sendo mais realista que o rei, mas talvez estejamos às portas de um tempo de extrema movimentação no mercado, com profissionais buscando maior flexibilidade nos regimes de trabalho – o que passa a ser um “benefício”. Afinal, as mudanças que as pessoas fizeram em seus cotidianos (como até mesmo mudar de cidade) foram incentivadas por empresas que, para mostrar “modernidade”, apregoaram “novos tempos”.

Nada mais natural, então, que se mostrem reticentes com uma volta ao “velho normal” sem qualquer ganho que a experiência do “novo normal” nos legou. Veremos…

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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