Trocar de emprego tem algumas variáveis que devem ser levadas em conta antes de se tomar uma atitude. “O primeiro ponto é se perguntar qual é o motivo que faz a pessoa pensar em sair da empresa”, comenta Adriana Gomes, coordenadora nacional de Carreira e Mercado da ESPM. Os fatores podem ser muitos: salário, localização da empresa, modelo de trabalho híbrido ou presencial, interferência do trabalho nas relações familiares e, claro, a busca por uma empresa maior que possibilite a ascensão profissional.
Também existem fatores situacionais que são importantes de considerar. Uma reação ou comentário de alguém pode ser como uma gota d’água que desencadeia uma reação mais abrupta, como a vontade de mudar de emprego. É importante prestar atenção aos sinais ao longo o tempo, porque estresse e cansaço não surgem de um dia para o outro. De repente, nem é o caso de sair da empresa. Mas quando a decisão está tomada, Adriana dá 5 dicas bem pontuais para fazer uma boa transição.
Faça uma boa pesquisa na sua área para se inteirar sobre o que o mercado está buscando para a sua posição, consultando sites de vagas de emprego como Catho, LinkedIn, Glassdoor ou Indeed, entre outros. “Isso ajuda a pessoa a fazer uma análise bastante honesta daquilo que ela tem e sabe e comparar com o que mercado está pedindo. Se necessário tem que estudar para se encaixar nas expectativas do mercado”, orienta Adriana.
Com base na análise das necessidades do mercado e da identificação de seus pontos mais fracos, faça um plano de autodesenvolvimento da competência que você não tem ou precisa melhorar e lapide essa habilidade. Além disso, é sempre válido desenvolver outras capacidades que a vaga não pede, mas que são úteis para o trabalho de maneira geral.
Dependendo de como estiver seu currículo, vá além de atualizar as informações. Refaça o documento para que ele reflita o que você tem de melhor a oferecer frente ao que o mercado pede. Destaque suas melhores qualidades técnicas e comportamentais.
Não basta conhecer as pessoas e não cultiva o networking constantemente. Quem mantém uma rede de contatos ativa pode comunicar sua intenção de mudar de emprego e de busca por novas oportunidades. “Essa rede é importante porque muita gente muda de empresa por indicação”, afirma Adriana.
Para não trocar “seis por meia dúzia” e acabar indo para uma empresa semelhante a que estava anteriormente, pesquise a fundo a cultura das corporações. Navegue pelos sites, procure reportagens sobre as empresas, leia entrevistas e o LinkedIn dos executivos, procure referências e se possível converse com quem trabalha ou já trabalhou lá, para não fazer uma troca às cegas.