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Quando é hora de buscar um cargo de gestão?

Patrícia Rodrigues
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Coordenadora nacional da área de Carreira e Mercado da ESPM dá as dicas para entender o seu momento profissional e se o perfil se adequa às novas demandas 

Com cada vez mais jovens assumindo cargos de gestão, é comum se perguntar se você está no lugar certo ou se já é hora de alçar novos voos. “Em geral, a resposta é quando você sente que está pronto e isso vai do timing de cada um”, adianta a professora Adriana Gomes, coordenadora nacional da área de Carreira e Mercado da ESPM.  

Os pré-requisitos para ser um líder

Você pode dominar muito bem a parte técnica (e se “blinda” por meio do seu conhecimento”), mas lidar com pessoas talvez seja a parte mais difícil dessas atividades. “Um gestor deve trabalhar com expectativas, com anseios, humores, nem sempre positivos, ou com gente não tão colaborativa quanto como você gostaria. Além disso,  cada pessoa é diferente e, dificilmente, vai conseguir tratar todo mundo igual. “Elas demandam atenções distintas e isso é bastante desgastante”, explica a especialista. “Além das tarefas do dia a dia ou das entregas, será preciso administrar questões de ordem pessoal.” 

De acordo com a especialista, quem deseja assumir uma posição de liderança deve investir no desenvolvimento de algumas competências. “Existem centenas de estudos sobre liderança e, caso ela não receba treinamento, é sempre bom que estude sobre isso para ver de que maneira pode desenvolver alguns  perfis de liderança”, aconselha a professora. “Não só em relação aos conhecimentos técnicos, de cobranças e de resultados, mas também as competências socioemocionais.”

Ao não desenvolver essas habilidades, o novo gestor corre o risco de apenas repetir comportamentos de seus antigos chefes. “Em geral, pessoas assumem cargos de liderança sem experiência. Isto é, apenas com a ‘vivência de terem sido geridas”, conta Adriana. Então, se não teve um bom líder — alguém que acompanha, incentiva, ajuda seus funcionários a se desenvolverem, que escuta o time — possivelmente tenderá a se comportar de maneira contrária. 

E se não quero me tornar um líder?

Não importa sua área ou cargo: mais cedo ou mais tarde, será preciso gerenciar. “Muitos profissionais seniores ficam muitos anos sem ter subordinados, mas esse é um passo importante dentro da própria carreira”, explica a especialista. “Quem não se enxerga como um gestor pode, por exemplo, trabalhar mais na área de feedback, de consultoria. Mas é importante lembrar que sempre haverá a parte de relacionamento com o cliente, a gestão do processo ou com funcionários do cliente. Ou, então, de backoffice, com análises e sem relacionamento ou atividades com baixa interatividade.” 

Chegou a sua hora?

Você está há muito tempo exercendo esse cargo, conhece bem a atividade e se sente preparado para assumir novos desafios? Confira algumas dicas para se preparar e conquistar uma posição de gestão: 

1. Mesmo de forma online, procure ter um feedback sobre o seu trabalho a fim de ter melhores subsídios para entender o seu momento. Avalie como está sendo essa construção diária de demonstração de responsabilidade, de comprometimento, de boas entregas;

2. Perceba a qualidade de sua comunicação e do relacionamento com a chefia: até mesmo para ter oportunidades de fazer seu marketing pessoal, contar que fez um curso de gestão de pessoas, seus motivos de interesse, explicar que já tem maturidade para assumir essa nova fase dentro da carreira;

3. Está disposto a ser um gestor omnichannel? Hoje as comunicações vêm por e-mail,  pelo WhatsApp, pelas redes sociais. Então são inúmeras as frentes de relacionamento que precisará estar atento;

4. Será preciso desenvolver a comunicação, driblar a timidez (caso tenha), ser mais flexível em alguns aspectos, desenvolver a escuta ativa ou melhorá-la, ser mais assertivo, ter capacidade para negociar;

5. Saiba dizer “não”. O papel do gestor é receber os impactos superiores, sabendo filtrar informações para passar aos subordinados nos momentos mais oportunos. A pressão é muito grande e, muitas vezes, envolve questões estratégicas, financeiras etc.

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Patrícia Rodrigues

Jornalista colaboradora do Trendings.

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