As facetas da inovação via transição energética devem orientar o caminho estratégico das organizações nas próximas décadas, pavimentando os direcionamentos para formulação de políticas e metas ambiciosas que devem traçar o rumo da renovação das matrizes energéticas. Para isso é necessário que gestores públicos e privados se atentem nas soluções enraizadas a partir das premissas dos 5D’s da transição energética, avaliando que os sistemas econômicos sofrem alterações constantemente devido aos choques e oscilações econômicas, bem como embates de soberania nacional. Este caminho traz uma janela de oportunidades para economias em desenvolvimento explorarem seus recursos naturais e reestruturarem a formatação comercial e econômica global, redirecionando os fluxos de investimento para o desenvolvimento socioeconômico mundial.
Conheça as 4 facetas da inovação que devem orientar a Transição Energética:
Advém da capacidade de adotar um novo processo baseado em tecnologia, remodelando um sistema para automação e eficiência. Neste caso, a inovação tecnológica percorre soluções que otimizam a eficiência produtiva, maximizando a capacidade de mitigar impactos ambientais e sociais e visando aumentar as possibilidades de rentabilidade para estados e organizações por meio de uma abordagem tecnológica menos nociva ao planeta e meio ambiente. A adoção de novas tecnologias está associada a utilização não somente de novas formas de energia, mas também inteligência artificial, internet das coisas e outras soluções que possam dar celeridade aos processos de transição.
Ocorre no centro de transformação da sociedade, ocasionado pela modificação de um processo em um produto ou serviço que é consumido por grupos sociais. Este processo ou serviço pode ser a energia renovável implementada que carrega atributos com menor impacto ambiental, e deve ter em seu cunho o apoio a inclusão de comunidades sociais. Além disso, a inovação social visando a transição precisa objetivar a democratização e as bases educacionais dos estados, tornando o conceito de transição energética de fácil acesso para que possa ser disseminado, proporcionando maneira de inovar socialmente não só no ambiente comercial, mas nos diferentes segmentos da sociedade.
É a remodelação do processo comercial que visa a redução dos impactos ao meio ambiente e ao planeta. Esta inovação tem em seu cerne a descarbonização e as diferentes formas de reduzir impactos que pode ser proveniente da tecnologia ou até mesmo de soluções criativas que otimizam as formas de alcançar o desenvolvimento sustentável. Esta inovação perpassa o nível das organizações e chega ao setor público, além de estar ligada diretamente à alocação de recursos disponíveis para apoiar o ambiente e os ecossistemas.
Está associada a incrementação de um processo ou remodelação dos desenhos de mercado que convergem com os modelos regulatórios existentes. Na transição energética, a inovação econômica deve visualizar os sistemas econômicos existentes, acomodando as formas de gerar oportunidades de negócios que permitam lucro, mas fomentem uma abordagem social, econômica e inclusiva. A indústria deve observar as discussões ambientais e sociais como eixo para a criação de inovações de cunho tecnológico, visando a modernização e a reformulação de ambientes institucionais obsoletos que não tem capacidade de acomodar inovações energética e tecnologias que colocam a civilidade no centro das discussões atuais.