Durante toda a minha vida profissional, como jornalista, como executivo de mídia, como professor, como coordenador de curso ou como empreendedor, sempre privilegiei o talento. Claro: quem não quer estar ao lado ou ter na sua equipe os profissionais mais talentosos? Porém, nesse mesmo tempo, aprendi que isso pode não ser o bastante…
Percebi que era preciso que a excelência funcionasse bem para o resultado geral – a menos que seja uma “posição solitária”, em que a pessoa realmente trabalhe sozinha e de maneira mais “autoral” e independente.
Estou falando de coisas como foco no todo, jogo de equipe e cuidado para o talento não se tornar tóxico – traduzindo: arrogância, indisciplina. Costumamos ver isso mais claramente no futebol, quando a junção de um monte de talentos individuais que nem de longe garantem um resultado vitorioso.
No universo corporativo, em que cada dia mais contam a troca de experiências e a soma de expertises, o que pode fazer a diferença pode não ser o brilho intenso do talento individual, mas o bom senso ou a calma de alguém no momento de crise, a poder de observação de um colega geralmente calado e “quieto” para achar um problema insuspeito ou a força e a persistência de quem vai insistir em algo que precise de várias tentativas até dar certo.
Pensando bem, tudo isso que falei, no fundo, pode ser traduzido como talento…
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