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Cibersegurança e a proteção de dados no setor de energia

Matheus Noronha
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Com os mundos físico e digital cada vez mais integrados, as consequências de ataques irão transcender a violação da privacidade das informações  

Por Matheus Noronha, Juliano Martins e Victor Hayashi 

Com a transição energética e a digitalização do setor elétrico, pode se tornar cada vez mais relevante fomentar a segurança cibernética de forma coordenada, considerando tanto fatores humanos quanto tecnológicos para a mitigação dos ataques. No momento em que os mundos físico e digital se integrarem cada vez mais, as consequências de ataques irão transcender a violação da confidencialidade e privacidade das informações dos setores de energia, de forma a afetar a disponibilidade de serviços críticos para a sociedade moderna globalizada. 

Foi o que ocorreu em 2015 na Ucrânia, quando hackers acessaram e desligaram subestações, deixando sem luz 225 mil pessoas. A RTE, operadora do sistema de transmissão francesa, declarou ter recebido mais de 10.000 ciberataques a cada mês em 2018. No Brasil, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Companhia Paranaense de Energia (COPEL) também foram vítimas de ciberataques. 

Cibersegurança

O mundo globalizado se deparou com uma massiva realidade de informações e dados catalogados por grandes centrais de tecnologia e a comunicação entre países e culturas de forma muito intensa e ágil. A grande capacidade de compartilhar, processar, armazenar e analisar um volume enorme de dados por meio de computadores conectados à Internet fomentou o termo Big Data, que está relacionado à quantidade volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não estruturados que têm o potencial de ser explorados para obter informações. À medida que a tecnologia vem se desenvolvendo e permeando a sociedade, os diversos setores atrelados a produção econômica (bens e serviços, industrial e outros) perceberam a necessidade de obtenção e organização de dados das mais diversas formas e volumes. Porém, além desta coleta e organização a segurança tecnológica existente em relação ao armazenamento destes dados também é um grande desafio.   

A cibersegurança surge no contexto do ciberespaço, ou seja, nos ambientes de navegação virtual que engloba a comunicação e interconexão das redes de dispositivos digitais em todo o globo. Nesta navegação, estão em trânsito documentos, programas e dados. O espaço virtual não está apenas relacionado à infraestrutura material da comunicação digital (e.g., computadores, celulares, servidores), mas ao universo de informações em que estão abrigados. O conceito de ciberespaço, de outra forma, inclui as pessoas, instituições, organizações que estão interconectadas por alguma razão específica. 

Desta forma, a tecnologia em ascensão exponencial e com o uso massivo de informações virtuais para comunicação digital, põe em atenção a estrutura que a protege contra a ataques cibernéticos que agem com intenção de prejudicar o funcionamento de um sistema. A cibersegurança existe como medida de modo a atuar preventiva e corretivamente para segurar os sistemas interconectados das instituições, sejam elas governamentais e privadas, em que há um fluxo de dados ou informações armazenadas, confidenciais ou públicas, mas que podem ser comprometidas caso veiculadas e/ou corrompidas de acordo com os interesses do usuário invasor. 

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Matheus Noronha

Analista Técnico de Energia Eólica com foco em inovação e energia eólica offshore (ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica) e doutorando da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing.

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