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Inovação disruptiva: entenda o que é e veja como ocorre esse processo

Patrícia Rodrigues
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Coordenadora de Inovação, Design e Estratégia da ESPM explica como funciona esse tipo de inovação e os desafios para que ela ocorra

Quando as pessoas abandonaram as videolocadoras pela praticidade das plataformas de streaming o mundo assistiu a um exemplo de inovação disruptiva.  Esse ‘ajuste” de rota (nova forma de assistir a filmes) é assim chamado não só por ter criado um novo hábito, mas também por ter eliminado a antiga forma.

O streaming é apenas um dos exemplos, mas todas as áreas e setores podem vivenciar essas novas experiências proporcionadas por esse tipo de inovação, que modifica a forma como adquirimos bens, serviços e experiências, sempre com o uso da tecnologia, de forma rápida e escalonável. Nesse primeiro exemplo, o consumidor não se espera quase nada pelos últimos sucessos dos cinemas e, de modo prático e com menores custos, tem acesso a eles sem qualquer necessidade de deslocamento e em qualquer tipo de tela, só para citar algumas vantagens.

“A inovação disruptiva traz um modelo de negócio completamente novo, com experiências até então desconhecidas, mesmo que figure ou concorra nas mesmas categorias de serviços convencionais”, explica Carla Link, coordenadora da Pós-Graduação em Inovação, Design e Estratégia da ESPM.

A inovação dispruptiva tem como princípio entregar para o usuário diferentes perspectivas, que podem ir da facilidade de acessar o serviço (intuitiva, por exemplo), do produto em si, do modelo de compra ou ao engajamento que ele proporciona. “Pela abordagem do Design, pauta-se muito a inovação a partir do usuário, enquanto em outras áreas também pode ser pela administração, pela gestão, pela operação”, explica. “Mas, de toda forma, essa inovação tem que entregar valor, seja ele pela redução de custo, pelo melhor aproveitamento dos recursos, pelo menor preço ao consumidor, menor prazo de entrega, entre outros, porque o papel da inovação disruptiva é sempre repensar o modelo e trazer outras propostas.”

Quando e como inovar

A especialista alerta que o “nível de disrupção” de uma empresa que pretende inovar (seja aquela que nasce assim ou deseja dar uma guinada no negócio) depende muito do mercado. “É preciso se perguntar se as pessoas estão entendendo ou aprovando essa nova proposta, ou se ainda é algo muito à frente do tempo delas”, observa a coordenadora.

“Pode ser que determinado segmento ainda não esteja totalmente preparado para uma experiência totalmente digital. Mas isso não significa que não é possível implantar mudanças gradativas, ir testando novas possibilidades e entender as necessidades desse consumidor”, acrescenta.

Nesse caso, a inovação precisa fazer a ponte e conectar as pessoas de modo que se sintam seguras. “Por isso, acompanhamento constante e feedbacks são importantíssimos para trazer novas experiências, e de forma ágil, inclusive para fidelizar esse cliente com outros relacionamentos dentro da mesma plataforma.”

Não existe um modelo ou parâmetro a ser seguido por todas as empresas: é o que faz sentido para cada negócio, contando com a colaboração de todos os envolvidos nas várias etapas e processos para encontrar uma solução inovadora, rápida e econômica — sejam os próprios funcionários, parceiros e clientes ou usuários. “Não é da noite para o dia, mas pode ser implantada em partes, até mesmo porque não existe ‘projeto pronto’”, lembra a coordenadora.

Essas entregas são feitas aos poucos porque permitem o aprendizado, gerar outras inovações e aprimoramentos. O partir desse relacionamento constante com quem recebe o produto ou serviço também é essencial, lembrando que nem sempre ele vai dar respostas concretas. “Não adianta perguntar o que ele quer, pois talvez ele nem saiba o que quer com exatidão. O feedback pode até ser o que ele não deseja. Por isso, a importância de conseguir analisar comportamentos, identificar necessidades, perceber oportunidades e usar tudo isso a favor, testar, errar (o menos possível), fazer novamente”, acrescenta Carla.

Foto: Freepik

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Patrícia Rodrigues

Jornalista colaboradora do Trendings.

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