Democracia vai muito além do voto – que é apenas a “ponta do iceberg”. No processo civilizatório dos últimos pouco mais de 100 anos, a cada momento entendemos novos aspectos dessa “entidade” que rege a maior parte do mundo ocidental. “Mas como entendê-la?”
Simples: compare o que vivemos aqui com o que se vive em países dominados por ditadores que, ao calar a imprensa ou a sociedade, se perpetuam no poder. Ou ainda cheque as evidências de falta de liberdade individual: para se expressar, para viajar ou até mesmo para se vestir.
Em alguns desses países em que o indivíduo e sua vida privada são “regulados” pelo Estado, até há eleições, mas que não são nem livres e nem limpas ou transparentes. Ou seja: trata-se de uma simulação de democracia que reduz tudo à utilização do voto. Mas, mais do que apenas universalizar um pleito, é importante que ele seja respeitado. Isso dá uma medida real da maturidade e do grau civilizatório de uma nação e de seus cidadãos.
E cuidar desses “pequenos detalhes” é o que vai reger todo o resto: desde nossa liberdade de ir e vir até o nosso direito de escolher uma carreira, empreender, trocar de emprego ou simplesmente expressar nossos pensamentos.
Fora disso, não há nenhuma outra opção. Ou melhor: até há, mas talvez ninguém queira usar sua liberdade para escolhê-lo…