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10 dicas para criar a sua marca de moda  

Roberta De Lucca
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Especialista em branding dá o caminho das pedras para quem quer empreender no mundo da moda 

“Há um mundo de oportunidades e novas perspectivas no universo da moda”, afirma Julio Moreira, professor da Pós-graduação em Negócios e Marketing de Luxo Contemporâneo da ESPM, e sócio da consultoria Place Branding. Com auxílio do especialista, preparamos uma lista com 10 dicas para criar sua marca de moda: 

1. Identifique uma necessidade no mercado

Estude bem os nichos e onde podem ser preenchidas lacunas de produtos que têm demanda ou qual vai ser o seu diferencial se for comercializar um produto já conhecido. Às vezes o designer de roupas cria uma peça a partir de uma necessidade própria, que pode ser a mesma de outras pessoas, e aí a marca acontece. Esse pode ser, entre tantos, um caminho para desenvolver uma marca. 

2. Identifique o público alvo

É importante conhecer profundamente os seus potenciais consumidores. Saber o que fazem, do que gostam, que lugares frequentam, entre outros hábitos, ajuda a identificar o seu público. Vale a pena investir em enquetes em redes sociais, pesquisa com Google Forms, organizar reuniões ou marcar um café para apresentar a sua ideia e ouvir o que as pessoas têm a dizer. Deve-se ter um cuidado especial com a definição de idade, porque isso pode restringir o produto. Vale mais pensar em valores, crenças e no estilo de vida das pessoas do que na idade. Há muita gente de 60 anos com atitude e mentalidade jovem.

3. Desenvolva um plano de negócios

O plano de negócios responde a várias perguntas fundamentais para a construção de uma marca. Exemplo: qual é o propósito da marca? Quem vai produzir as peças, uma fábrica terceirizada ou vai ser montada uma oficina própria? Quanto custa fabricar cada peça? Qual será margem de lucro? Utilize o Canvas para esse planejamento. 

4. Crie a primeira coleção

Esse será o seu cartão de visitas para buscar parceiros – seja a empresa que vai fabricar as peças, os investidores ou as lojas que venderão as roupas. Cerca de 10 modelos mais um portfólio com as demais ideias são uma boa medida para a sua apresentação. O objetivo é convencer quem está na outra ponta de que o seu produto vale a pena e mostrar que você não é um aventureiro. 

5. Busque o fabricante

Você vai produzir ou ter um parceiro para fabricar as roupas? Existe boa capacidade instalada no Brasil. Caruaru, em Pernambuco, por exemplo, é terra de fabricação do jeans. Quem precisa de um grande volume também pode buscar fornecedores do sudeste asiático, outro bom polo produtivo. Em termos gerais, o designer tem que investir mais na criação e na escolha dos materiais e menos na produção própria.

6. Escolha os elementos da marca

O primeiro passo é escolher o nome da marca e verificar se já não foi registrado. Pense em algo inusitado, fácil de falar e memorizar e que transmita a personalidade de seu produto. Crie um logo e as suas cores, que podem ser usadas nos pontos de venda. Não se esqueça da experiência de compra na loja, planejando a iluminação, escolhendo aromas e criando a playlist que vai animar o espaço. Lembre-se também de criar um slogan que resume o que a marca é. Um exemplo é o supertradicional e poderoso “Just do It”, da Nike. Por fim, vem o storytelling, ótimo recurso para contar a sua história, o seu propósito e criar um elo de identificação com o consumidor. 

7. Planeje a comunicação 

As redes sociais podem ser um ótimo ambiente para comunicar sua marca, desde que façam sentido para sua estratégia. O Instagram é um ambiente que combina muito com moda, vale subir o “look do dia” no Reels com uma produção que passe espontaneidade, e fazer anúncios patrocinados, que são importantes porque só a postagem orgânica não funciona bem para negócios em rede social. Também vale investir em Influenciadores digitais, desde que tenham identidade com a marca. 

8. Defina a política de preços

Se a concorrência vende a X reais uma roupa semelhante à sua, não faz sentido cobrar 30% mais caro para atender a sua expectativa de lucro. Então é necessário trabalhar dentro de um parâmetro de aderência do mercado. Por outro lado, o mundo atual considera o preço como sinônimo de qualidade. Um produto muito barato, mesmo bom, pode ser visto como algo sem qualidade. Na hora de precificar, o caminho é pensar em “valor”, no sentido da valorização que as pessoas vão dar para o seu trabalho, entendendo que o preço da peça embute a sua criatividade e o seu talento

9. Defina metas realistas de vendas e distribuição

Nesta etapa, o criador de uma marca tem de buscar auxílio de quem é do segmento: representantes e distribuidores e consultores de vendas, que podem ajudar a abrir caminhos para que as roupas cheguem a quem se destinam. Eles têm conhecimento de mercado e são capazes de traçar metas realistas, por isso é importante os ter como parceiros. 

10. Busque investidores

O mercado tem muitos investidores-anjo procurando bons projetos para aplicar o seu dinheiro e não se deve descartar a ideia de contatá-los. Com algumas peças da coleção confeccionadas, um portfólio atraente, um business plan consistente, com o nome da marca, logotipo, propósito de marca e objetivo de venda, o empreendedor tem o material necessário para apresentar a sua ideia que pode, inclusive, ser melhorada com ajustes sugeridos pelo investidor. 

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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