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ESG atrai investimentos para energia limpa

Matheus Noronha
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Os investimentos em energia renovável têm apresentado um crescimento significativo rumo a transição energética

Por Matheus Noronha e Isabelle Carvalho 

O interesse em investimentos em ESG (Environmental, Social and Governance), ou em português, ASG (Ambiental, Social e Governança) com foco em energia limpa vem crescendo brutalmente. Algumas variáveis como a popularização dos carros elétricos e democratização das energias renováveis, passa a atrair cada vez mais bancos e investidores que tem interesse em incorporar suas estratégias de financiamento e gestão ao acrônimo ASG. A matéria “Green Finance Goes Mainstream, Lining Up Trillions Behind Global Energy Transition” publicada no ano de 2021 pelo Wall Street Journal apresenta um gráfico que demonstra como os fluxos de capital acumulados de ações orientados pelos critérios ASG tem crescido desde 2019. 

Capital acumulado em fundos de ações por categoria
Fonte: Morningstar

Nesta direção, é extremamente relevante mencionar que os investimentos em energia renovável têm apresentado um crescimento significativo em relação ao óleo e gás nos últimos anos. Além disso, tecnologias que são a vanguarda da transição energética como eólica, solar, armazenamento, baterias e hidrogênio de baixo carbono, receberão uma série de aportes considerando o cenário de descarbonização global discutido pelas principais agências de energia. Estes dados de projeção podem ser ilustrados nos gráficos abaixo retirados de estudos das consultorias Wood Mackenzie e Rystad Energy. 

Os dados apresentados, demonstram que os avanços dos investimentos em tecnologias de energia que acompanham o acrônimo ASG devem estar nas agendas dos formuladores de políticas que visam um futuro com menor impacto ambiental e socialmente inclusivo. Para que isto ocorra, é necessário traçar marcos regulatórios que possibilitem fornecer alicerces estruturais para o mercado, impulsionando tecnologias de energia como eólicas offshore, hidrogênio, armazenamento e até possibilitar caminhos de acesso a infraestrutura, considerando linhas de transmissão e distribuição para uma melhor interligação dos sistemas energéticos. 

As fontes de energias renováveis desempenham um papel crucial na redução de emissões de GEE e, portanto, devem ser buscadas e incentivadas, pelo setor privado, mas principalmente pelo Estado. 

Para isso, a adoção dos aspectos ASG, isto é, a observação aos critérios quanto ao licenciamento para a implantação e operação, o planejamento do local, o respeito às áreas de proteção, a participação por parte da comunidade com a criação de uma governança comunitária, entre outras ações, mostra-se primordial no caminho que o mundo enfrentará com a necessária transição energética. Assim, os governos devem revisitar os seus modelos institucionais para repensar sua dependência energética, objetivando a diversificação das matrizes energéticas, mas ao mesmo tempo proporcionar negócios inclusivos que sejam orientados pelo ASG, para a difusão de energias renováveis que proporcionarão a geração de empregos e movimentarão a economia de baixo carbono do futuro. 

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Matheus Noronha

Analista Técnico de Energia Eólica com foco em inovação e energia eólica offshore (ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica) e doutorando da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing.

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