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Cuidado com o que posta nas “suas” redes sociais

Jorge Tarquini
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As fronteiras entre o público e o privado estão caindo com rapidez no uso das redes – e, nelas nada é privado se você mesmo divulga para todo mundo. Para o bem e para o mal

A invasão do Congresso dos Estados Unidos, à parte as cenas chocantes e o que tudo isso significou para a democracia ocidental, trouxe à baila uma discussão que, se não é nova, precisa ser entendida por todos: foi justo empresas demitirem funcionários que participaram ou tiveram papel de divulgação ou incentivo a esses atos em suas redes?

Casos de pessoas que são demitidas por externar suas opiniões, como já disse, não são novos. Mesmo no Brasil, já houve casos “menos óbvios” do que esse extremo nos EUA. Um exemplo? Pessoas que fizeram comentários que podem ser interpretados como racistas, sexistas, politicamente incorretos ou em desacordo com os valores e princípios de seus empregadores perderam seus empregos por aqui.

“Ah, mas é para tanto? A pessoa fez/disse isso no seu espaço pessoal/privado…”, defendem alguns. Não faz sentido. Digamos que algum funcionário da Natura, empresa que se posicionou com relação às pessoas trans em sua campanha para o Dia dos Pais, escreva uma crítica pública à campanha. Ela não é obrigada a trabalhar lá, já que não se identifica com a alma da empresa. E, caso tenha críticas, certamente as redes sociais não são o fórum ideal para uma troca de ideias…

Mas esses são casos extremos. Temos visto outras situações que trazem à tona questões delicadas – ou até bizarras. Postar fotos de biquíni ou sunga é coisa natural – desde que as imagens estejam disponíveis apenas para sua família e seus amigos mais próximos. O mesmo serve para postagens que envolvem consumo de álcool, ostentação, polêmicas de toda espécie.

A internet não dá direito ao esquecimento: é cada vez mais recorrente que alguém desenterre seu comentário feito anos e anos atrás para expor seus escorregões. Está tudo lá. Assim como quem não gosta de você vai escarafunchar sua vida digital (e as pegadas digitais são facilmente rastreáveis), seus futuros empregadores, sócios, fornecedores, clientes, funcionários não vão perder a chance. Ou você vai querer me convencer de que nunca fez isso com outras pessoas? Vulgo “stalkear”. A recíproca, aqui, é mais do que verdadeira…

Que lição tirar disso tudo? Você não precisa deixar de ser quem você é para trabalhar em qualquer lugar que seja. Porém, se quer mesmo manter seu espaço pessoal e íntimo, troque seu “milhão de amigos” e de likes por uma atuação mais discreta – liberando geral apenas para quem é mesmo íntimo.

Sua carreira e sua paz de espírito agradecem.

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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