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Realidade virtual e aumentada: especialistas explicam a diferença e dão exemplos de suas aplicações

Filipe Oliveira
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Caio Jahara, CEO da R2U, e Rafael Camargo, diretor comercial da VR Monkey, debateram o uso dessas tecnologias em um painel no Social Media Week São Paulo 2020 – FuTeCH

Realidade virtual e realidade aumentada. Duas tecnologias promissoras que já estão revolucionando algumas indústrias, mas que ainda confundem muita gente. Para entender o que de fato é cada uma delas e como estão sendo aplicadas em diferentes indústrias, acompanhamos um debate de Caio Jahara, cofundador e CEO da R2U e Rafael Camargo, diretor comercial da VR Monkey. Os dois participaram de um painel no Social Media Week São Paulo 2020 – FuTeCH, mediado por Pedro Teberga, professor do Master em Marketing e Comunicação Digital da ESPM.

De acordo com Jahara, a realidade aumentada (AR, na siga em inglês) é aquela que ficou popular com o game Pokémon GO e também com os filtros do Instagram. “Quando você está filmando o próprio rosto e o sobrepõe com uma máscara [virtual] aquilo é uma realidade aumentada”, explicou o CEO da R2U. “Ela não é uma experiência imersiva. É uma ferramenta que serve para aumentar o mundo que já existe.”

Já a realidade virtual (conhecida pela sigla VR) é uma experiência imersiva que leva o usuário do mundo real para o digital. “Você tem esse aspecto de imersão por meio dos óculos VR, sendo transportado para outro ambiente por meio de um vídeo 360º ou computação gráfica”, explica Camargo, diretor comercial da VR Monkey. Segundo o especialista, essa tecnologia está sendo aplicada nas áreas de educação, entretenimento e games.

Aplicação nos negócios

Tour em apartamento decorado usando realidade virtual
Tour em apartamento decorado usando realidade virtual Foto: Shutterstock

O mediador Pedro Teberga lembrou que a realidade virtual já vem sendo aplicada, por exemplo, no mercado de imóveis. “Esses dias fui ver um imóvel e o corretor tinha um óculos de realidade virtual que possibilitava fazer uma experiência de visita ao interior de um imóvel [sem ir presencialmente ao local]”. Camargo acrescentou que a tecnologia também pode ser usada para apresentar diferentes tipos de decoração e configuração de casas e apartamentos. “Você consegue fazer um imóvel digitalmente com 2 ou 3 dormitórios e com vários tipos de decoração.”

Outra possibilidade é seu uso na área de educação. A VR Monkey, por exemplo, utiliza a tecnologia para aplicar treinamentos imersivos. “Um exemplo claro de onde isso já é aplicado é o avião. Um piloto, antes de pilotar uma máquina real, tem 150 horas de voo simulado”, exemplificou Camargo.

A realidade aumentada, por sua vez, vem sendo usada, por exemplo, em sites de ecommerce. A tecnologia possibilita que uma pessoa veja como ficará um móvel em sua casa, como uma cadeira, mesa ou sofá, antes de comprar e receber o produto. De acordo com o CEO da R2U, empresa que oferece esse tipo de serviço, um teste A/B realizado em parceria com seu cliente Mobly mostrou que o uso da realidade aumentada aumenta em quase 20% as vendas no mobile.

Realidade aumentada sendo usada para venda de móveis
Realidade aumentada sendo usada para venda de móveis Foto: Shutterstock

Futuro promissor

Os especialistas acreditam que essas tecnologias devem ganhar ainda mais popularidade com o lançamento do Oculus Quest 2, novo headset VR do Facebook. “Acho que esse é um avanço muito significativo para a realidade virtual, porque agora você tem um óculos muito bom por US$ 299”, comemorou Caio. “A notícia do Quest 2 é fantástica. Eles têm até a previsão de até 2021 ter um API para uso de realidade aumentada dentro do dispositivo. Todos esses mundos começam a convergir. Acho que vai ser o primeiro dispositivo a fazer essa experiência nessa escala comercial”, acrescentou Camargo.

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Filipe Oliveira

Editor do #Trendings.

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