Antes de escolher o conteúdo para LinkedIn, conheça seu público. Quem são essas pessoas, quais os seus interesses, o que elas buscam, qual linguagem utilizam. Muitas vezes o nosso conteúdo pode ser incrível, mas pode não provocar a ressonância desejada caso o perfil da audiência não esteja bem definido.
Você pode até ter boas ideias e escrever bem, mas que tal dosar a quantidade de expressões em latim que você vai utilizar no seu artigo? Existe uma oferta enorme de conteúdo e as pessoas estão mais interessadas naqueles que resolvam seus problemas. Pense que o seu leitor é o seu cliente!
Tenha sempre em mente que você não escreve sobre a empresa (isso vai para o site) ou para o dono dela. Mais uma vez, o leitor é o cliente final e o objetivo do conteúdo é resolver as “dores” desse usuário.
As várias redes sociais possuem formas e objetivos distintos. Não use no LinkedIn o mesmo texto do Facebook, certo? Embora os usuários possam fazer parte das duas plataformas, o segundo é destinado para o compartilhamento de momentos de descontração, enquanto no LinkedIn a proposta do conteúdo é o aprendizado, tendências e inovação.
Esse recurso jornalístico de iniciar os textos com preâmbulos, comparações e metáforas é válido para publicações literárias, revistas e artigos — e pode funcionar bem nesses meios. No entanto, descarte-o para as redes sociais, não importa qual seja ela. Vá direto ao ponto!
Apresente seu conteúdo fazendo um link com o que está acontecendo ou com o mundo está repercutindo. As pessoas já estão “aquecidas” para o assunto e mais propensas a comentar, favorecendo diálogos com maior profundidade na plataforma. Isso faz a diferença nos algoritmos, para os mecanismos de busca e de relevância.
Isso é bastante comum em textos profissionais (advogados para advogados, médicos para médicos etc.), porém lembre-se de não escrever apenas para seus contatos de trabalho (a não ser que o objetivo seja esse mesmo). Comunique-se como se fossem pessoas comuns, evitando textos herméticos e jargões — e, claro, sempre mirando em soluções para algo.
Se isso não acontece na vida real, nas redes sociais é impossível. Na hora de escrever não pense “ah, não posso colocar isso porque X vai ficar chateado ou tenho que acrescentar isso porque Y ficará magoado”. Além de o conteúdo acabar ficando morno e sem graça, a plateia será sempre a mesma. Não caia nessa armadilha: se você tem informação e segurança sobre o que está falando, simplesmente diga. Esteja pronto para dialogar e argumentar sobre o seu ponto de vista.
Não queira abraçar o mundo contando a história dele em uma postagem só. Uma quantidade enorme de assuntos alonga demais o texto, não aprofunda e leva a voltas na leitura.
Não é que “as pessoas não leem”. Mesmo um texto bem escrito compete com as notificações do celular (onde a maioria lê). Esse tipo de leitura é mais dispersiva do que a de livros, jornais e revistas. Para evitar esse “roubo” de atenção e abandono do texto, seja objetivo e mais sucinto na mensagem.
Textos curtos (de até 1.000 caracteres) são bons para gerar visibilidade, mas não permitem desenvolver autoridade sobre o tema (como os artigos, por exemplo). Para o LinkedIn, para aprofundar um tema duas páginas de word são ideais.
Domine a tecnologia oferecida. Não se limite aos textos: poste imagens, vídeos, enquetes e outras ferramentas complementares para aumentar a compreensão e o gosto pelo seu conteúdo.
Elas são fundamentais para chamar a atenção e servem para destacar um novo conteúdo para o leitor (âncora visual, assim como os templates disponíveis para facilitar a criação da imagem). Além disso, evitam que eles se percam no feed de notícias durante a rolagem frenética da página. Posts com imagens têm mais chances de serem curtidos e serem relevantes para a repercussão dos algoritmos.
As pessoas amam vídeos, de preferência os curtos. O que faz alguém assistir até o final é sempre o conteúdo, mesmo que tenha 10 minutos — portanto, nada de “encher linguiça”. Outro ponto é a energia alta e constante de quem fala, a entonação, a postura, ofertando conteúdo até o final.
Esteja sempre presente, publique. Fazer isso bem ajuda a construir uma base de fãs na plataforma, que esperam pelo conteúdo. Essa regularidade depende do negócio. Pela dinâmica das redes, os posts têm vida muito curta (até mesmo porque existem muitos!). Ideal, um por dia. Se os posts forem curtos, o mínimo são três por semana (para não desaparecer, dar visibilidade). Textos longos podem ter periodicidade maior (1 vez por mês, a cada duas semanas) até porque exigem uma produção de fôlego. Vídeos (um por semana) também geram mais engajamento.
Os estímulos para produzir saem da nossa rotina e acontecem a todo instante em nosso cérebro, automaticamente, em vários níveis de complexidade: basta prestar atenção neles. Notícias, filmes, séries, conversas com clientes, chefes, colegas, na hora de almoço e até mesmo as situações mais informais, mesmo em tempo de distanciamento social, produzem impactos em nosso cotidiano e… geram pautas. Essa dica serve para todos os tipos de negócios e profissões.
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