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O que torna uma comunicação eficaz?

Suzeli Damaceno
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Uma comunicação está em linguagem simples se o público encontrar facilmente o que precisa, entender o que encontra e usar essas informações

Há várias maneiras de aprimorarmos nossas competências comportamentais ou soft skills, como são mais comuns de serem chamadas. Elas geralmente estão mais relacionadas à nossa capacidade de interagir com outras pessoas no ambiente de trabalho.

Algumas das soft skills mais valorizadas pelo time de gestão são: trabalho em equipe, resolução de conflitos e comunicação assertiva. E essas competências têm se tornado ainda mais cruciais neste momento em que estamos vivendo mais intensamente o modelo de trabalho remoto.

Depois de analisar o que há de comum nestas três habilidades cheguei à conclusão de que os pilares que as sustentam são:

1) Empatia

2) Integração e valorização de pessoas diversas

3) Clareza nos pedidos

4) Simplicidade na forma de se comunicar

Você pode e deve se aprofundar em cada um desses pilares para entender bem suas bases conceituais. Mas o fundamental é que você os tenha sempre em mente para trabalhar com eles de forma integrada.

Não adianta você saber fazer pedidos com objetividade se não tiver empatia pela outra pessoa e não enxergar que talvez o que ela mais precise naquele momento é de um suporte técnico para realizar a tarefa.

Outro exemplo: você capricha na diversidade do time, agregando pessoas com perfis e características bem diferentes entre si. Mas não sabe como organizar e dividir as tarefas de forma que todo mundo compreenda bem o que deve ser feito. A consequência disso poderá ser um grande conflito e perda de produtividade.

Por isso, eu sempre insisto que esses quatro pilares devem estar bem introjetados em nossa mente para que a gente realmente crie cultura de comunicação interpessoal muito mais produtiva e sem ruídos.

Como aprender mais sobre cada um desses pilares

Ative sua curiosidade para sentir desejo de conhecer melhor as pessoas com que lida do dia a dia, de ler reportagens e estudos sobre comportamento, de entender como funciona nosso cérebro, de conhecer as origens de preconceitos estruturais.

O contato constante com esse tipo de conteúdo nos dá muitas pistas sobre os pontos mais frágeis que precisamos desenvolver. Se a mudança não acontecer primeiro dentro da gente, não há treinamento que sustente uma boa comunicação interpessoal.

Empatia

A ideia aqui é “conhecer de fato” as pessoas com quem trabalhamos seja na mesma organização ou em empresas parceiras e fornecedoras de serviços.

É ir muito além de saber para que time torce, estilo de roupa que gosta, série preferida etc. O objetivo é saber como a pessoa prefere trabalhar, como ela é mais produtiva, o que a motiva e a deixa à vontade para ser ela mesma, o que a bloqueia e a estressa.

Integração e valorização de pessoas diversas

Há muitos problemas decorrentes da falta de diversidade no ambiente corporativo. Especificamente do ponto de vista da comunicação, acabamos nos fechando ainda mais no nosso mundinho e tendemos a achar que todo mundo está nos entendendo, já que de certa forma pertencemos a um grupo de pessoas com características muito semelhantes entre si.

A diversidade nos provoca a disseminar a informação de jeitos específicos, respeitando a história de cada pessoa. Sendo assim, diversifique ao máximo seu grupo de trabalho.

Clareza nos pedidos

A fonte mais inspiradora e transformadora de aprender a fazer pedidos de maneira clara é a comunicação não violenta (CNV). Marshall Rosenberg tinha outro objetivo quando criou essa metodologia famosa por resolver conflitos.

Mas as bases da CNV servem para qualquer situação de nossa vida, especialmente evitando situações do cotidiano que arruínam as relações seja no trabalho ou na vida pessoal.

Um dos tópicos que ele ensina é como devemos expressar nossos desejos de forma clara, humanizada e que não gere mal-estar do outro lado.

Simplicidade na forma de se comunicar

Esse tópico é tão importante que tem até uma organização internacional que reúne profissionais de vários países que estudam formas de como podemos tornar mais simples e fáceis de serem compreendidos os nossos textos, relatórios, comunicados, apresentações, e-mails etc. Estou me referindo à Plain Language Association International.

Uma comunicação está em linguagem simples se suas palavras, estrutura e design forem tão claros que o público-alvo possa encontrar facilmente o que precisa, entender o que encontra e usar essas informações. Vale a pena pesquisar mais sobre esse tema e ver exemplos de aplicação da técnica “linguagem simples”.

Ou seja, é preciso ir muito além da escolha de palavras e frases objetivas para buscar de fato uma comunicação eficaz e desenvolver esse tipo de habilidade. Envolve também a ampliação de ponto de vista e acolhimento da diversidade.

O que você tem feito para desenvolver sua habilidade de comunicação especialmente no ambiente de trabalho? Compartilhe com a gente nos comentários! 😉

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Suzeli Damaceno

Suzeli Damaceno é jornalista com especialidade em comunicação acessível e em acessibilidade digital. É consultora, palestrante, professora na ESPM e na MDG Academy, e coordenadora do Movimento Web para Todos.

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