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Saiba como o setor de alimentação e bebidas e os consumidores impactam um ao outro e quais são as principais tendências da atualidade

A indústria de alimentos e bebidas é uma das mais importantes da economia do Brasil, representando cerca de 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Além de movimentar bilhões de reais por ano, este setor reflete as mudanças no comportamento dos consumidores, que estão cada vez mais atentos à qualidade dos produtos e à inovação, entre outros fatores.

No episódio #79 do Lifelong Cast, podcast da ESPM sobre o futuro do trabalho e dos negócios, especialistas trouxeram informações sobre a indústria, destacando o que está acontecendo neste momento. Alexandre Borba Salvador, professor do MBA em Marketing da ESPM, e Cecília Russo Troiano, CEO da TroianoBranding, falaram sobre como o setor evolui e se adequa para acompanhar as tendências e atender às expectativas e demandas do público.

Novos hábitos de consumo e tendências

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o segmento cresce cerca de 8% anualmente. “É importante observar o setor de alimentos e bebidas a partir de dois canais: o de food service, que envolve restaurantes, bares e redes de fast food, e o de mercearia, que engloba supermercados e estabelecimentos de varejo”, disse Salvador.

Ambos, food service e mercearia, cada um dentro de suas dinâmicas e características próprias, mantêm um crescimento contínuo, mesmo que em ritmos diferentes. “Embora seja um mercado consolidado, ainda tem muitas pessoas no Brasil entrando em algumas categorias que antes não eram acessíveis a elas em algum outro momento. Afinal, nossa pirâmide social não permite que todo mundo consuma tudo neste segmento da indústria. Então, é por isso que tem movimento neste setor”, apontou Cecília.

A alta do consumo de alimentos funcionais e saudáveis é um exemplo de categorias que estão movimentando o setor de bebidas e alimentos na atualidade. A tendência é de que continuem crescendo, pois antes eram restritos a nichos e agora estão chegando a outros públicos, seja por conta do fator do envelhecimento populacional no Brasil ou pela consciência de que cuidar da saúde é essencial para viver e envelhecer bem.

Na contramão da alimentação saudável também tem o crescimento do consumo por acesso. “Pessoas que antes não tinham alcance a certos produtos, como chocolate, frios ou salame, agora têm e, se você disser que ela precisa comer saudável, vai te dizer que não, que agora é a vez dela usufruir do que antes era inacessível”, explicou Salvador.

Há outros movimentos acontecendo: a redução no tamanho e volume dos produtos que já existiam e estão ganhando versões diferentes, como as porções individuais e menores, e o crescimento das opções de coquetéis prontos, refletindo a mudança no comportamento do consumidor.

Mudanças e o impacto no comportamento do consumidor

Uma das inovações mais debatidas na indústria de alimentos e bebidas foi a mudança na rotulagem de produtos alimentícios. Com a intenção de aumentar a transparência sobre informações relevantes e a conscientização sobre os impactos nutricionais dos produtos, foram incluídos alertas sobre o teor de açúcar, sódio e gordura saturada nas embalagens.

Diante da atual realidade, Cecília avaliou que existe uma diferença entre ver, assimilar, se importar e mudar o comportamento. “Eu não acho que é isso que vai mudar os hábitos alimentares”, completou. “Estes selos de advertência podem fazer as pessoas se sentirem enganadas, o que pode gerar frustração e até raiva”, afirmou Salvador.

As mudanças que estão acontecendo na indústria de alimentos e bebidas também podem ajudar os consumidores a repensarem suas escolhas, investir em qualidade em vez de quantidade e reduzir o consumo de determinados alimentos, reforçando comportamentos mais conscientes e estratégicos.

O papel da tecnologia no desenvolvimento do setor

A indústria de alimentos e bebidas tem sido cada vez mais impactada pela tecnologia nos mais diversos níveis. Empresas estão usando a inteligência artificial para processar grandes volumes de dados, melhorar seus processos produtivos, prever tendências, desenvolver novos produtos, analisar padrões de consumo e até mesmo a identificar preferências do consumidor.

A tecnologia é uma grande aliada do setor, porém, Salvador fez um alerta: “Corremos o risco de que as empresas cheguem às mesmas conclusões (por conta dos dados e resultados) e acabem lançando produtos idênticos”.

O que esse setor pode ensinar a outros mercados

A indústria de alimentos e bebidas se destaca pelo consumo de massa de alta frequência, por sua inovação constante, sua capacidade de testar e lançar produtos com agilidade, fazendo uso de edições limitadas, novos sabores e embalagens diferenciadas.

Segundo Cecília, a força das marcas é uma das lições do setor que deve ser observada atentamente. Uma marca pode gerar extensões de alimentos, criando outras categorias de produtos, e, assim, ampliar sua presença no mercado. “Sabemos que construir uma marca em qualquer setor requer um investimento altíssimo. Quando ela é forte, é interessante usar a sabedoria e planejar suas extensões”, finalizou a especialista.

Assista ao episódio completo do Lifelong Cast #79 com o tema: “Alimentos e Bebidas: conheça tendências do setor” e fique por dentro do assunto!

Tags:
Carla Nogueira

Repórter do Trendings

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