8 vantagens do recrutamento interno

Quer saber quais são as vantagens do recrutamento interno? Esse modelo costuma ser um bom negócio quando já faz parte da cultura da empresa, que opta primeiro por dar oportunidades à “prata da casa” em vez de buscar talentos no mercado. “Como todo processo de gestão de pessoas, o recrutamento interno é parte da cultura e do alinhamento estratégico das empresas, quando elas conseguem perceber essa importância de investir em seus colaboradores”, explica Edna Rodrigues Bedani, professora da Pós-graduação em Gestão Empresarial e Marketing da ESPM.

“No entanto, ele deve ser bem claro e estruturado, especialmente porque atualmente os profissionais não estão em busca apenas de salário”, acrescenta a professora, que também é vice-presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP). “Elas [as pessoas] querem experiências positivas em organizações que tenham a ver com seus propósitos de vida”, completa.

Confira 8 vantagens promovidas por esse modelo de recrutamento:

1. É mais rápido, vantajoso e rentável

Embora a tecnologia tenha acelerado os processos de recrutamento, alguns modelos de gestão de RH não acompanharam essa evolução no mesmo ritmo. As conhecidas formas de trabalho e, consequentemente, do recrutamento não são mais atraentes para as novas gerações que estão chegando ao mercado de trabalho. Portanto, investir na “prata da casa” é ter alguém preparado para atender rapidamente às demandas do negócio.

2. Gera movimentos e oportunidades

Mesmo que as pessoas passem menos tempo nas empresas, é sinal de sabedoria movimentá-la em períodos mais curtos. Um recrutamento interno precisa ser contínuo para que essas oportunidades aconteçam na prática e com mais frequência, motivando os colaboradores a se candidatarem.

3. Treinamento tende a ser mais fácil

A gestão do RH precisa ser bem estruturada para analisar se as competências internas são aptas para atender aos novos desafios ou se é melhor buscar outro profissional no mercado. De qualquer forma, ambos vão necessitar de treinamento, porém ele pode ser mais fácil e rápido se o candidato já está familiarizado com as condutas e processos da empresa.

4. Valoriza os colaboradores

Além de obter melhores resultados com um time engajado, a abertura de um recrutamento interno é um meio de valorizar as pessoas com oportunidades e capacitação que vão além de um aumento de salário e um pacote de benefícios respeitável e coerente. Elas vão se sentir mais confortáveis em se lançar a novos desafios, entendendo que podem participar de processos seletivos, buscar novos conhecimentos e competências para ocupar funções mais complexas.

5. Aumenta o engajamento

A aplicação de políticas de desenvolvimento dos funcionários estimula o engajamento e a aderência de pessoas que se identificam com a cultura dessa empresa.  Por isso, quanto mais clareza a empresa tem em seus objetivos, mais fácil é entender as habilidades necessárias para o seu crescimento. Além disso, os profissionais se sentem mais seguros e cientes das oportunidades que podem surgir em função desses movimentos.

6. Formar um banco de talentos interno

Se o recrutamento interno já é uma política que é parte do DNA da companhia, a empresa pode preparar seus profissionais, desenvolvendo, inclusive, as competências necessárias em cada uma das funções. Isso ajuda a ter um pool de habilidades para atender às necessidades e os desafios de cada negócio.

7. Cria relacionamentos transparentes

Um posicionamento de RH proativo em relação ao recrutamento interno traz regras claras sobre os processos seletivos, de forma natural e orgânica. Dessa forma, os líderes já estão alinhados, conhecendo a política e o movimento de pessoas dentro da empresa, de modo respeitoso, fazendo que as pessoas trabalhem e se desenvolvam juntas. Os gestores devem estar preparados, por exemplo, para encarar o desejo de seus funcionários de concorrerem a vagas em outros departamentos, por exemplo, não como uma “deslealdade pessoal ou traição”, mas como oportunidade profissional.

8. Gera senso de pertencimento

Nas formas mais modernas de gestão, não se fala mais em “retenção de talentos”, mas sim a de propiciar experiências adequadas para as pessoas de modo que elas queiram fazer parte de uma organização. Cada vez mais (especialmente no pós-pandemia), o perfil dos profissionais está mudando: os candidatos estão mais seletivos em suas buscas por vagas e priorizando aquelas com objetivos semelhantes aso seus propósitos.

Veja dicas para estruturar um recrutamento interno:

1. Precisa ser contínuo para essas oportunidades aconteçam na prática com mais frequência e em todas as hierarquias.
2. Apesar da familiaridade dos profissionais com a cultura da empresa, o processo interno tem que ser bem planejado.
3. Deve garantir que as pessoas tenham condições de ocupar as novas posições, assim como saber quem será seu sucessor (que também precisa ser treinado) e quem vai prepará-lo para as novas funções. Em resumo: se houver acúmulo de funções, o resultado tende a não ser satisfatório.
4. Os critérios definidos nas políticas também precisam claros (prazo, salário, competências etc.) para que o funcionário saiba se vale a pena esperar por uma nova colocação.

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