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Excesso de reuniões online

Jorge Tarquini
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A “reunite virtual” é o sintoma mais evidente que herdamos da pandemia. Temos como tratar suas causas? 

O retorno ao trabalho presencial, que a maioria das empresas voltou a exigir, trouxe um elemento típico da pandemia: o excesso de reuniões online, meetings, calls (chame como quiser), que criou um novo mal pandêmico: a reunite virtual.

No frigir dos ovos, por causa do rodízio entre quem está presencial três dias, mas que não coincidem com os três dias de chefes ou colegas, a opção das reuniões virtuais é excelente. O que pega é a dosimetria… Quando uma pessoa gasta mais do que 2/3 de seu dia grudado em reuniões, algo pode estar errado. Como saber?

Listo aqui algumas coisas que podem ajudam a fechar esse diagnóstico:

Quantas reuniões foram feitas?

Quantas reuniões com mais ou menos as mesmas pessoas aconteceram em um dia ou semana, em um déjà-vu tipo dia da marmota corporativo.

Quantas decisões foram tomadas?

A quantidade de decisões reais e pragmáticas que saem desses encontros (basta fazer uma lista e ver, no final do dia, quantas coisas reais saíram dos meetings).

Quantos temas foram debatidos?

Quantos assuntos foram abordados no encontro (e quantos minutos cada um tomou dele): se a média for muito alta…

Quanto tempo perdeu?

Liste quantas vezes não conseguiu sair para almoçar ou quantas horas-extras teve de fazer em uma semana: o número pode mostrar que, em vez de produzir, seu dia está sendo tomado por discussões tipo sexo dos anjos.

O que foi decidido?

Faça um check-list de tudo o que foi decidido nesse monte de encontros e tique aqueles que não saíram do papel.

Não estou aqui pregando contra as reuniões, pois elas são necessárias (mas somente quando são necessárias). Afinal, ninguém toma remédio para enxaqueca se não tiver mesmo uma dor de cabeça. Por que criar uma para poder tomar o remédio?

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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