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Tecnologia na educação: veja exemplos de aplicação

Roberta De Lucca
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Inovações tecnológicas auxiliam educadores e facilitam a aprendizagem na sala de aula e em ambientes digitais. Entenda como e confira algumas vantagens para o aprendizado

Aquela imagem de uma sala de aula em que os alunos ouvem o professor, voltam para casa e fazem as tarefas para a próxima aula está cada vez mais distante da realidade atual. Isso porque não é de hoje que a tecnologia ocupa espaço na educação, do ensino fundamental à universidade, transformando o aprendizado em algo mais dinâmico, construtivo e participativo. Hoje o aluno é tão ou mais protagonista da aula quanto o professor.

“A tecnologia na educação cria alunos mais reflexivos e ajuda na comunicação e na interação. As aulas são mais colaborativas, o aprendizado fica mais flexível, os estudantes trocam mais ideias e há um desenvolvimento do pensamento crítico”, afirma Danilo Torini, professor do Life Lab da ESPM.

Nessa nova maneira de ensinar, as aulas expositivas vêm sendo substituídas pelo conceito de sala de aula invertida. O estudante lê o conteúdo em casa e vai para a classe preparado para conversar sobre o tema. Ele levanta dúvidas, traz novas referências, confronta conceitos e ideias, ou seja, estuda por conta própria e o professor atua como um mentor que orienta o aprendizado. O resultado desse método é o ganho de autonomia e de personalização do estudo por parte do aluno.

Importância da tecnologia na educação

“Na educação, a tecnologia é um meio e não o fim, e esse meio está a serviço da aprendizagem. O objetivo é aprender algo, é pensar que métodos de ensino, estratégias e técnicas serão usadas e depois que ferramentais serão adotados”, afirma Danilo Torini, explicando que o sucesso da aplicação da tecnologia depende disso.

A preparação de uma aula leva em conta que a tecnologia é uma maleta de ferramentas digitais para diversificar os métodos e as estratégias técnicas para cumprir objetivos de ensino, que devem contemplar os estilos de aprendizagem dos alunos (veja abaixo), afinal, nem todos entendem as coisas da mesma maneira.

Ativo: pessoas que gostam de novidades, de colocar a mão na massa e de aplicar os conceitos.

Pragmático: estudantes que precisam ver vantagem prática no que é ensinado e querem entender onde vão chegar.

Reflexivo: alunos mais questionadores e observadores, que geralmente ouvem mais do que falam, têm dificuldade de fazer as coisas muito rápido e de trabalhar no ritmo dos outros.

Teórico: pessoas com pensamento mais estruturado, que se organizam com mapas mentais e conceituais.

Exemplos de tecnologia na educação

Quando o professor identifica o estilo dos alunos ele tem elementos para programar as aulas de maneira a criar recursos para entreter e estimular todo o grupo. Além disso, a tecnologia permite fazer adaptações de acordo com o desempenho individual e da turma. Isso é possível a partir dos relatórios fornecidos pelas plataformas educacionais adotadas pelas instituições de ensino.

Nelas a inteligência artificial analisa tudo o que cada aluno faz, desde saber quantos minutos ele demorou para ler um texto até o tempo que ele levou para concluir uma tarefa. “Com base nessas informações o professor pode personalizar tarefas e provas, em grupos de alunos com características semelhantes de comportamento. Então haverá provas diferentes, separadas por grupos, a fim de reforçar o aprendizado de determinados conteúdos”, explica Torini.

Tudo isso é possível graças à enorme quantidade de ferramentas criadas pelas edtechs, startups voltadas ao ensino e à aprendizagem, que criam soluções para professores, alunos e instituições de ensino (conheça algumas no final do texto). Entre o ferramental disponível há desde criação de quizzes e jogos a lousas interativas. Atualmente, a gamificação e as simulações em laboratórios virtuais e no metaverso são a trend em tecnologia na educação. Além da teoria, o aluno aprende por meio da experiência, já que no metaverso é possível criar empresas, produtos, eventos e até julgamentos.

Desafios da aprendizagem no ambiente digital

Apesar de tantas novidades atraentes o professor explica que não é todo aluno que se adapta rapidamente a esse tipo de ensino. “Os mais velhos não têm fluência digital e os jovens são usuários de redes sociais e não têm letramento e fluência digital, que é conseguir construir de forma autônoma todos os passos de aprendizagem, desde saber baixar, instalar e acessar programas a descobrir onde estão as coisas na internet”, afirma.

Para não entrar em conflito com a tecnologia, Torini recomenda mente aberta e curiosidade, principalmente porque a tecnologia na educação permite estudar de maneira mais independente, fora da caixa e com acesso a um cardápio de informações super vasto que aumenta o repertório. Outra vantagem dos novos métodos de ensino é permitir o desenvolvimento de softs skills, que são muito importantes para o universo do trabalho. Em aulas onde o aluno é protagonista e não apenas ouvinte, ele aprende a saber falar, ouvir os outros, defender seus pontos de vista e lidar com frustrações e assim vai lapidando suas competências emocionais.

O que é edtech?

As edtechs são empresas que criam e desenvolvem soluções tecnológicas para a educação, entre elas plataformas de ensino, cursos online, ferramentas de gamificação, realidade aumentada e virtual e aplicativos. Conheça algumas a seguir:

Kahoot: plataforma para a criação de testes de múltipla escolha, jogos e quizzes de aprendizado.

Mentimeter: criação de enquetes, apresentações e gráficos, entre outras funcionalidades, que permitem a interação dos alunos.

Quizalize: ferramenta para transformar quizzes e questionários em formato de games.

Miro e Mural: lousas online interativas para a criação de cronogramas, fluxogramas e mapas mentais, entre outras funcionalidades.

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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