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Como um líder deve agir na crise? Especialista responde

Roberta De Lucca
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Navegar em velocidade de cruzeiro é uma maravilha, mas o que fazer quando o mar vira e chega a tempestade?

Todo líder tem que estar sempre preparado para saber como agir numa crise. Partindo dessa afirmação, Fátima Therezinha Motta, professora dos cursos de MBA, pós-graduação e de férias da ESPM nas áreas de Liderança, Gestão de Competências e Fator Humano, fornece a bússola, o mapa e o compasso para quem está no comando. “ O chefe é como o capitão de um navio. Quando as águas estão calmas qualquer marinheiro toca o barco, mantendo o leme no lugar. Mas em águas turbulentas é o capitão que conduz a embarcação”, diz. Essa metáfora é útil para exemplificar qual é o comportamento que se espera de um líder diante de uma crise.

Embora tenha sido preparado para administrar contratempos e reviravoltas na faculdade ou em cursos de especialização, o chefe precisa saber usar esse conhecimento na hora que as ondas quebram mais alto e a embarcação começa a pender para os lados, ameaçando a carga e a tripulação. A primeira atitude é ter autoliderança para poder enxergar a situação no todo e na parte que envolve a sua área, e ao mesmo tempo manter a calma para estar centrado mentalmente, emocionalmente e instintivamente. De acordo com Fátima, além do alinhamento com esses três aspectos psicológicos, é preciso agilidade e visão aberta em relação à situação e desenvolver um trabalho colaborativo com a equipe.

Nesse sentido, não pode haver nenhum ponto de desinformação para o time, que tem de se municiar de muita clareza e do foco da ação. O líder, apesar de estar em águas turbulentas, deve saber onde quer chegar. Assim ele estabelece a calma interna, chama a equipe e explica que a situação não é fácil: “Vamos nos unir para ninguém cair do barco e estou aqui para ajudar em tudo o que for necessário”. Nesse ponto cria-se um clima colaborativo e uma postura otimista em meio ao reconhecimento das dificuldades.

Sempre pronto para agir

Durante o maremoto o líder e a equipe se valem de todos os conhecimentos que têm à disposição e, se for o caso, o chefe pede ajuda externa. Porque é importante olhar para os resultados que precisam ser alcançados e os recursos que se tem. “Às vezes são necessários ajustes na tripulação, inclusive em relação a competências. Normalmente, quando se é pego numa crise é porque não houve preparação anterior, pois quem consegue enxergar um cenário futuro se prepara com antecedência”, afirma Fatima.

Segundo ela, as dificuldades enfrentadas na pandemia, não apenas no aspecto econômico, mas também na maneira preponderantemente digital de se trabalhar atualmente, afetaram as empresas que não foram capazes de antever as mudanças de estrutura que poderiam surgir. “O mar não passa de água calma para maremoto de repente, ele dá sinais e é importante saber olhar para esses sinais”.

Antever a crise é estar pronto para agir mesmo quando ela não existe. Para exemplificar, Fatima se vale de outra metáfora. “A crise é tão natural quanto a não-crise. O movimento da natureza mostra que existe retração e expansão, e a crise é um momento em que todo mundo para. Se olharmos ciclicamente, as pandemias vêm acompanhadas das instabilidades econômicas, é só estudar história. Estamos num mundo onde crises, problemas e impactos ambientais e socioeconômicos acontecem. Não é sempre verão.”

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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