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Nem sempre é fácil se engajar

Jorge Tarquini
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No mundo corporativo, as “causas” adotadas pela empresa podem não ser as que mais motivam e movem você

Sei que vou mexer num vespeiro nesses nossos tempos de “cancelamento”. Mas é preciso abertura e franqueza para falarmos das causas, sob o risco de alimentarmos ambientes e situações que, no longo prazo, serão o caldo ideal para frustrações e conflitos.

Você é uma pessoa bastante aberta e atenta às transformações do mundo – sejam elas sociais, de costumes, culturais, técnicas ou tecnológicas etc. Porém, mesmo sendo receptivo a elas, nem todas movem você com o mesmo entusiasmo ou comprometimento. O que é bem diferente de ser “contra ou a favor”, já que o mundo é muito mais complexo e interessante que um plano binário (ainda bem!).

Apesar de achar determinadas causas justas, necessárias e importantes, talvez algumas delas não ocupem o topo da sua lista de preocupações cotidianas pessoais. O que NÃO significa que você não as respeite, apoie e se importe.

Imagine, porém, que uma dessas se torne a bandeira da empresa para a qual você trabalha hoje. E toda a corporação está engajada, entusiasmada e altamente comprometida com essa causa. Cansei de ver isso ao longo da minha carreira. Assim como igualmente cansei de ver pessoas simplesmente apelando a um entusiasmo postiço.

A diversidade e as questões ESG são vitais para as corporações e a sociedade. Sem elas, não desataremos os nós e os desafios que toda a Humanidade enfrenta hoje com vistas para um futuro realmente possível. Porém, exatamente em nome da quebra de uma certa hegemonia (racial, sexual, cultural, de opiniões…), apenas convido as pessoas a um pensamento realmente aberto: o de achar realmente espaço para abraçar a diversidade – e não apenas aquela que vem ao encontro do que acreditamos.

Claro que não falo aqui de visões de mundo que desprezam o diálogo, a civilidade e a empatia – falo apenas de voltarmos a saber conviver com diferenças em nome de avançarmos. Sem entendermos o quanto é importante saber distinguir discrição com oposição, condenaremos a sociedade (ou, no caso, as empresas) a fingir que todo mundo pensa igual até que, do nada, percebamos que isso pode alimentar ressentimentos enormes. E estamos aprendendo o que acontece quando gente ressentida tem uma chance de se expressar.

Se estamos em busca de abertura e sinceridade, é bom não haver poeira sob o tapete…

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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