fbpx
LOADING

Digite para procurar

Streaming: um modelo de negócio fadado ao fracasso?

Jorge Tarquini
Compartilhar

Pode ser que a sobrevivência do streaming de vídeo dependa de um modelo de negócios que ele quase matou na TV paga

Netflix, Amazon Prime Video, Crackle, Telecine Play, YouTube Premium, Apple TV+,  HBO Go, Net Movies, Globoplay, iTunes Store, Google Play, El Plus, Disney+, Hulu, Looke, Fox+, CNN Go, ESPN Watch, Play Plus, Watch ABC, Warner Media, NBC/Universal…

Em dois ou três minutos, pensando para escrever este texto, deu para listar 22 serviços de streaming de vídeo. E a maioria com produção própria de conteúdo (principalmente filmes, séries, esportes e jornalismo). Um sinal de extrema saúde para esse tipo de negócio – ainda mais em tempos de isolamento social por causa do coronavírus, que fizeram disparar o consumo desse tipo de serviço.

Ótimo para o espectador: variedade e diversidade de conteúdos, guerra de preços e ofertas irrecusáveis. Mais uma estocada em outro serviço: o da TV paga. Desde que a febre pelo streaming se alastrou pelo mundo, o fenômeno se repete: queda nos números dos serviços de televisão por assinatura. Só para se ter uma ideia, no Brasil o  serviço fechou 2019 quase com mesmo o tamanho que tinha em 2012.

Segundo dados da Anatel, 2019 fechou com 15.786.280 assinantes, pouco acima dos 15.700.558 do início da década – ou apenas 85.722 clientes a mais… E com uma perda assustadora: 1.728.196 contratos foram cancelados no ano (ou assustadores 4.734 por dia). E isso mesmo com o lançamento de serviços de streaming dos próprios canais pagos. Só para termos de comparação: Netflix anunciou em 26 de março ter ultrapassado a marca de 10 milhões de assinantes no Brasil.

É inegável o estrago no modelo de negócios da TV paga. Mas uma pergunta começa a não querer calar: até onde esse universo seguirá em expansão? Por mais baratos que sejam os pacotes e ofertas, a variedade de produções e temáticas, uma hora o consumidor pode fazer uma conta básica: quanto estou gastando com streaming? Se pagar 10 serviços, numa média de R$ 25, já serão R$ 250!!! Ou seja, quase o mesmo investimento em um bom pacote de TV por assinatura.

Talvez o modelo que o streaming de vídeo ajudou a quase matar seja sua salvação: a venda de pacotes de streamings, como se fossem os canais oferecidos pela TV paga. Seria uma ironia e tanto…

Tags:
Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

Deixe um comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *