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“O mestrado profissional possibilita levar inovação para dentro das empresas”

Jorge Tarquini
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Essa é apenas uma das contribuições que esses programas podem oferecer para o mercado, segundo Cristina Helena Pinto de Mello, diretora da Área de Sucesso do Docente e Discente da ESPM

Uma parede imaginária (mas muito presente) afastou por muito tempo a academia e o mercado. A ponto de se imaginar que não haveria conexão ou contribuições de parte a parte. Felizmente, isso não é mais realidade. Inclusive, um dos aspectos dessa reaproximação foi a criação de programas de mestrado profissional – desenhados para atrair um novo perfil de estudante, que tem a carreira no mercado como objetivo, e ainda obter uma titulação que não conseguiria numa especialização ou pós lato sensu.

Para falar mais sobre esse cenário e nos explicar melhor como funcionam esses programas de mestrado profissional, falamos com Cristina Helena Pinto de Mello, diretora da Área de Sucesso do Docente e Discente da ESPM. Economista com doutorado em Economia de Empresas pela FGV-SP, ela já foi professora visitante na Pantheon Sorbonne, Paris 1, membro Acadêmico do Commitee of Global Business Conference e do Conselho Educamídia, além de correspondente do Brasil na Associação Internacional de Professores e Palestrantes Universitários (IAUPL), associação ligada à UNESCOe que defende a liberdade de cátedra.

Obter a titulação de mestre é algo que conta somente para uma carreira acadêmica ou o mercado vê valor nele?

O título de mestre contribui muito para uma carreira acadêmica, para quem busca uma reorientação profissional e quer investir nessa possibilidade. Mas, durante a formação do mestre, ele desenvolve habilidades e competências que são muito desejadas pelo mercado. Como a capacidade de conduzir uma investigação com rigor metodológico. Saber fazer uma problematização adequada. Decodificar artigos acadêmicos que podem trazer para dentro da empresa possibilidades de inovação e de repensar processos e produtos. Reconhecer o comportamento do consumidor, desenvolver novas tecnologias… A titulação de mestre também serve para uma carreira profissional, que não a estritamente acadêmica. Fora do Brasil, grande parte dos mestres formados pelas instituições de ensino está no mercado, trabalhando para empresas – garantindo para elas uma robustez e uma capacidade de inovação das quais sentimos muita falta aqui no Brasil. Nesse cenário, a criação do mestrado profissional foi uma tentativa de traduzir melhor para o mercado esse tipo de formação e o que ela pode agregar em termos de inovação.

Há diferenças entre o mestrado acadêmico e o mestrado profissional – inclusive em termos de valor como titulação, caso a pessoa decida enveredar pela carreira acadêmica?

Como disse, o mestrado profissional foi um recurso criado para que se pusesse mais mestres dentro das empresas – e não apenas confinados na academia. Mestrado significa pesquisa. Nesse sentido, em ambos, no acadêmico e no profissional, o rigor da lente teórica, da produção científica, é o mesmo. O profissional, porém, foi desenhado para que profissionais de mercado possam fazer mestrado – observando necessidades de horário, de ritmo de estudo, para permitir que o profissional possa concluir seu mestrado. E também admite formas de entrega do resultado da pesquisa diferente do mestrado acadêmico, que exige uma dissertação. No profissional, você pode entregar um produto tecnológico, um filme, um CD, um software, um jogo… São várias possibilidades de entrega, desde que elas estejam associadas a uma pesquisa, a uma investigação científica que tenha sido documentada. Sob esse aspecto, eu diria que talvez o mestrado profissional tenha exigências tão grandes ou maiores ainda que as do acadêmico. E ambos têm o mesmo valor de titulação, seja para migrar para um doutorado ou dar aulas.

Quais as vantagens para um profissional de mercado optar por um mestrado profissional em vez de uma pós/especialização tradicional?

Tudo depende das intenções e objetivos de carreira desejada pela pessoa. Muitas vezes, o que ela busca é um conhecimento com maior profundidade e quer desenvolver as habilidades de pesquisa, de rigor metodológico, por exemplo. Nesses casos, o mestrado profissional é mais indicado. Por outro lado, se busca se atualizar, ter um conhecimento de ponta, e bastante aplicado, então uma pós e uma especialização tradicionais aos objetivos desse profissional.

Qual retorno os egressos dos programas de mestrado profissional da ESPM têm tido?

Nós temos um resultado de egressos muito, muito interessante. Uma parte seguiu uma carreira pública, ingressou em espaços públicos, para pautar e desenhar políticas públicas, principalmente na área de economia criativa. Mas temos alunos de mestrado profissional que foram para programas de doutorado, que decidiram investir numa carreira acadêmica, enquanto outros alcançaram destaque e visibilidade internacional. Outros ainda se tornaram empreendedores, criadores de startups ou que fizeram mudanças de carreira, que foram em busca de posições desejadas no mercado. E, claro, há os que tiveram promoção dentro de sua carreira. Na nossa pesquisa de egressos, vemos que a taxa de empregabilidade é maior, além de notar um aumento salarial significativo.

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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