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Live marketing: tudo o que você precisa saber

Patrícia Rodrigues
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Também conhecido como marketing ao vivo e “de experiência”, a estratégia é fundamental para fortalecer as marcas e engajar o consumidor do mundo digital 

Não há consenso de quando nasceu o live marketing. O que se sabe é que, mesmo antes da era digital, criar experiências memoráveis para engajar o consumidor já era uma ferramenta de vendas. Com o advento da internet, concursos, degustações, eventos e outras experiências interativas tornaram-se ainda mais populares. 

Desde então, o termo live marketing — marketing ao vivo e “de experiência” — passou a fazer parte do dia a dia das agências especializadas e ganhou grande impulso desde a pandemia de covid-19 para as marcas se conectarem com consumidores de forma mais profunda e inovadora.  

Com todo mundo em casa, as redes sociais tornaram-se ainda mais importantes e as transmissões de streaming explodiram em larga escala no Brasil, algo que já era mais frequente em alguns países, como, por exemplo, a China, que faz transmissões o dia inteiro”, explica o professor Artur Motta, coordenador do MBA em Marketing da ESPM. “Foi a forma de dar continuidade aos negócios.” 

Como funciona o live marketing

Não é qualquer transmissão via rede sociais que pode ser chamada de live marketing. Como a própria tradução adianta, tem de ser ao vivo, mas não é só apresentar o produto: a finalidade dessa programação tem o objetivo de despertar o desejo no consumidor.  

Diferentemente de programas como o Shoptime, que dá toda a informação sobre o produto de uma só vez, o formato do live marketing necessita, obrigatoriamente, permitir a interação do público em tempo real. “E de maneira ágil, com alguém para responder às perguntas para ser eficiente”, acrescenta o especialista. 

Para Motta, é importante entender que não é só uma questão de uma “transmissão.” “Deve incluir espaços para a interação constante com o participante e, ao mesmo tempo, prender a atenção, despertar a curiosidade, cativar apresentando os motivos pelos quais o item mostrado é interessante e relevante”, observa.Diferentemente de um e-commerce, cuja compra muito funcional e muito mais próximo da loja física, sem das desvantagens das dificuldades e barreiras espaciais, já que atinge o mundo inteiro, com outros e novos públicos, mesmo que a logística de distribuição seja apenas nacional.”   

6 benefícios do live marketing

  1. Grande adesão provocada pelo imediatismo, pela novidade. 
  2. Maior engajamento do consumidor (não querem perder conteúdo). 
  3. Melhor engajamento provocado pelo algoritmo (que identifica o número de pessoas conectadas, tempo de conexão, curtidas e compartilhamentos). 
  4. Possiblidade de realizar feedbacks mais precisos. 
  5. Mais (e melhores) ideias para o negócio. 
  6. Troca com o consumidor para a construção de novos conteúdos, cada vez mais assertivos. 

Como fazer live marketing

Todas as estratégias devem ser mostradas de forma programada para gerar “conversa”, em uma linguagem que provoque reações com determinado público. Além disso, não há um tempo de transmissão “ideal”: “Os ciclos são cada vez mais curtos porque o live marketing fala muito com as gerações mais novas, já acostumadas com o ambiente digital”, alerta. “Então, a duração depende do conhecimento que se tem desse público, de bom senso”, explica Motta. “Indico ciclos em torno de um minuto com tópicos distintos e um pouco mais de tempo para gerações mais experientes, mas que têm ainda certa dificuldade de lidar com novas tecnologias.” 

Alguns produtos também podem ser mais “beneficiados” pela ferramenta. “É o caso de itens de moda, que rendem além da interação a respeito de informações básicas, como tamanho, a experiência de contato e uso do que outros mais funcionais”, observa o professor. “Mas você pode despertar novos interesses até com uma commodity. Tome o exemplo do arroz quando você propõe uma nova receita ou apresenta novos usos para algo já conhecido.” 

6 cuidados ao realizar o live marketing

  1. O live marketing requer um propósito, objetivo, definição de público-alvo e identificação das vantagens dessa ação para os negócios (não é porque todos fazem que você precisa fazer). 
  2. É preciso uma boa estrutura de transmissão, com equipamentos adequados de gravação e de iluminação profissional, para garantir um bom foco nos produtos e no apresentador. 
  3. Essa apresentação também exige planejamento e uma roteirização com conteúdo informativo (não só apelos subjetivos). 
  4. Ao optar por essa estratégia de negócio, é imprescindível que ela tenha constância (dias e horários definidos, com chamadas dos assuntos para a semana seguinte, ausência de reprises etc.) para que haja não só interação e engajamento, mas fidelização do seu consumidor (independentemente de rede de transmissão). 
  5. O benefício financeiro é apenas uma das etapas, sendo importante lembrar que, para que isso aconteça (conversão em vendas), é preciso uma boa interação com as outras ferramentas (direcionamento automático para e-commerce, WhatsApp etc.) para garantia eficaz da jornada de compra. 
  6. Embora seja um ambiente dinâmico, é preciso tomar cuidado com os comentários (desrespeitosos ou de haters). Nesse caso, uma opção para a equipe é colocar nos comentários tópicos compatíveis aos abordados pela transmissão. 
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Patrícia Rodrigues

Jornalista colaboradora do Trendings.

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