Você já ouviu falar sobre equipe multidisciplinar ou squad? Trata-se de um grupo formado por profissionais de diferentes perfis, funções, conhecimentos e habilidades. Como formar esses times e os benefícios de se investir nesse tipo de metodologia foram os temas explorados no episódio #37 do Lifelong Cast, podcast da ESPM sobre o futuro do trabalho e dos negócios. O programa contou com a participação de Alessandra Becker, professora de liderança da ESPM, e Celso Antonio Ferreira Junior, coordenador de produtos do Itaú. Confira alguns destaques dessa conversa:
Também conhecida como squad, equipe multidisciplinar é um termo utilizado para definir um grupo formado por profissionais com diferentes habilidades e que dividem um objetivo em comum. “A palavra squad é uma palavra de origem inglesa e significa esquadrão, pelotão, tropa. Mas, nos ambientes de trabalho, o conceito está relacionado ao trabalho em equipe com foco em um objetivo em comum”, afirma Alessandra.
“É um pequeno grupo multidisciplinar e autogerenciado. Tem que ser um grupo enxuto, existem variações de números de pessoas, mas gira em torno de oito, às vezes um pouco menos ou um pouco mais”, explica a professora sobre algumas das características desse tipo de modelo de trabalho. “Ele é composto essencialmente por colaboradores, profissionais que tenham qualidades e competências diferentes, que possam somar”, completa.
De acordo com Alessandra, a criação de um squad começa pela seleção dos profissionais que vão fazer parte da equipe. “Primeiro, a gente tem que buscar profissionais que já tenham uma predisposição ou uma mentalidade mais inovadora de uma coisa mais ágil”, diz. “[Essa metodologia] acaba funcionando com times diversos, com pessoas que têm essa abertura, que têm essa mentalidade de autogestão, e que têm foco no resultado.”
“A gente precisa conhecer e entender quais são os potenciais de cada profissional, quais são as habilidades que eles vão estar colocando para jogo, que competências e também que limitações cada colaborador tem para que esses squads sejam equipes mais sinérgicas, que possam ter um maior rendimento”, adiciona.
A gestão de equipes multidisciplinares envolve, entre outras questões, fazer reuniões de planejamento, definir os ciclos do projeto que está em andamento, além de alinhar a equipe sobre os processos que ainda estão pendentes. “Para que esse modelo funcione, eu acho que é essencial, é imprescindível que haja uma comunicação fluida, que haja descentralização e que tenha algum tipo de independência”, comenta a professora de liderança da ESPM.
“Sobre técnicas e ferramentas, as equipes precisam ter facilidade para trocar informação e orientação, além de também poder acompanhar a evolução dos processos”, pontua. “Ainda que os squads não sejam sinônimos de metodologia ágil, eles podem fazer uso das metodologias ágeis. Cada time vai poder adotar uma metodologia para definir o próprio ritmo de trabalho”, sugere.
Na opinião de Celso Antonio Ferreira Junior, coordenador de produtos do Itaú, as vantagens da formação de equipes multidisciplinares para projetos incluem a otimização de processos e aceleração das entregas por meio da reunião de profissionais com diferentes perfis e competências. “Todo mundo que atua naquele assunto específico, em que o squad atua, está ali no dia a dia, nas cerimônias, e consegue trocar conhecimentos e fazer com que as entregas sejam mais rápidas”, afirma.
“A gente consegue motivar o time. Antes, a gente demorava seis meses, quatro meses para entregar um projeto e, hoje, a gente consegue entregar em um período curto de tempo coisas que já geram valor para o cliente, que a gente já consegue testar, mensurar”, exemplifica. “Eu acho que é superimportante esse ponto de entregar coisas mais rápidas até para a gente já conseguir colocar alguma coisa na rua para testar e experimentar com o cliente, e também para começar a mensurar resultados”, finaliza.
Ouça o episódio na íntegra: