O mundo inteiro parece só ter olhos para a luta de titãs entre os streamings de vídeo, inclusive aqui no Brasil, onde acaba de desembarcar o serviço Disney+ – onde, vejam só, recebeu as boas-vindas da Netflix!
Seja bem-vindo Disney+ ???? E pra você já ir se acostumando: cadê a 3ª temporada de The Mandalorian?
— netflixbrasil (@NetflixBrasil) November 17, 2020
Impossível dormir com o barulho desses, certo? Porém, uma luta igualmente titânica (cheia de som e fúria, mas travada ironicamente de modo “quase silencioso”) tinha início no universo do streaming de áudio brasileiro: a chegada por aqui do serviço de podcasts com a grife Amazon Music – presente no país desde 2019 e onde já oferece 70 milhões de músicas em seu portfólio.
Iniciou-se, assim, um novo round na luta pela primazia em produção e distribuição de conteúdo sonoro que varre o planeta (o serviço foi anunciado em agosto nos Estados Unidos, na Alemanha e no Reino Unido e, agora, no Brasil e no México). Dessa vez, porém, acho que não veremos um recadinho de boas-vindas da sueca Spotify, da francesa Deezer ou da conterrânea Apple Music…
Além de produções já consagradas em outras plataformas, a Amazon investiu em uma parceria com o produtor musical e jornalista Nelson Motta para marcar sua estreia com uma produção original: “A música do dia de Nelson Motta” – que terá 101 episódios baseados no livro 101 canções que tocaram o Brasil, lançado por ele em 2016.
Com esses movimentos (e outros virão em todo o mundo), a Amazon Music quer sair da marca de 55 milhões de usuários e diminuir a distância para o Apple Music (60 milhões) e a líder Spotify, com seus 144 milhões de assinantes.
Dessa forma, a Amazon busca repetir o avanço obtido pela Amazon Prime Video – que, em levantamento realizado pela NZN Intelligence, foi a plataforma que liderou o ranking de contratação de serviços de streaming desde que foi decretada a pandemia.
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