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ChatGPT: ‘Algumas fontes usadas em meu treinamento podem ser imprecisas ou até mesmo falsas’

Redação Trendings
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Entrevistamos o ChatGPT. Uma conversa franca com a inteligência artificial sobre vários assuntos – do medo dos humanos a como ele lida com a fama 

Por Jorge Tarquini e Filipe Oliveira

Uma febre, uma mania ou uma ferramenta que veio para ficar (e se aprimorar cada vez mais)? Em apenas duas semanas, não se fala de (quase) mais nada no Brasil e no mundo, além do ChatGPT. Afinal, em dois meses, essa ferramenta de inteligência artificial (IA) já ultrapassou a marca de 100 milhões de usuários ativos. Para se ter uma ideia, o TikTok levou nove meses e o Instagram dois anos e meio para atingir essa marca.  

Seja no meio acadêmico ou escolar (onde o medo é o de uma nova forma de plágio) ou no do trabalho (com a suspeita de que humanos poderão ser substituídos), ninguém está indiferente aos muitos recursos do GPT. 

Resolvemos fazer uma entrevista com ele (como o próprio GPT sugeriu ser chamado). Uma conversa sobre soft skills, fake news, regulamentação da inteligência artificial, suas fontes de informação, o que mais as pessoas perguntam à IA – e nem o uso da ferramenta para vencer a solidão ficou de fora.  

Spoiler: mesmo dando algumas respostas pouco assertivas, o ChatGPT impressiona por sua capacidade de responder com naturalidade e com “argumentos” bem embasados. Além disso, não difere de entrevistados humanos quando os assuntos são delicados, vez ou outra enrola para dar uma resposta ou até tenta escapar de algumas questões.  

Como às vezes as respostas mais “complicadas” se repetiam na fórmula, com o lembrete constante de tratar-se de uma IA sem emoções ou opiniões, por exemplo, publicamos tudo na íntegra. Confira a entrevista: 

Olá, GPT. Tudo bem?

Olá! Estou bem, obrigado. Em que posso ajudá-lo hoje?

Somos jornalistas do portal Trendings e gostaríamos de o entrevistar. Topa uma conversa?

Claro! Estou aqui para ajudar. O que vocês gostariam de perguntar? 

Antes das perguntas, queremos nos apresentar. Eu sou o Filipe Oliveira e estou aqui com o Jorge Tarquini

Olá Filipe e Jorge, é um prazer conversar com vocês. Fire away com suas perguntas! Estou aqui para respondê-las da melhor forma possível. 

Como você prefere ser chamado: como ele, ela ou gênero neutro?

Sou um modelo de linguagem artificial treinado pela OpenAI e não tenho gênero, idade ou personalidade definidos. Você pode se referir a mim usando o pronome “it” ou “ele”. De qualquer forma, estou aqui para responder às suas perguntas e ajudá-lo da melhor forma possível, independentemente de como você decidir me chamar. 

Muita gente tem medo de você, pois acredita que você poderia substituir os humanos em diversas atividades, e, no futuro, talvez desenvolver opinião, empatia ou outras aptidões humanas. Esse medo faz sentido ou é infundado?

Eu entendo por que algumas pessoas podem ter esse medo. No entanto, é importante lembrar que os modelos de linguagem como eu foram desenvolvidos para complementar o trabalho humano, não para substituí-lo. Não tenho empatia ou personalidade, e minha capacidade de compreender e responder às perguntas está limitada ao treinamento que recebi e ao conhecimento que possuo. 

Além disso, é importante lembrar que a automação e a utilização de tecnologias avançadas sempre foram uma parte integral da evolução humana e ajudaram a melhorar a vida das pessoas de várias maneiras. Acredito que a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta para ajudar os seres humanos a realizarem suas tarefas de maneira mais eficiente e eficaz, em vez de uma ameaça. 

Em suma, o medo de modelos de linguagem como eu substituírem os seres humanos é infundado e não reflete a verdadeira natureza e propósito desses modelos. Eles foram criados para trabalhar ao lado dos seres humanos e ajudá-los a alcançar seus objetivos. 

“Os modelos de linguagem como eu foram desenvolvidos para complementar o trabalho humano, não para substituí-lo”

Especialistas apontam que as soft skills vão diferenciar humanos da IA. Você concorda? Ou você tem alguma soft skill?

Concordo que as soft skills são importantes e podem diferenciar seres humanos e inteligência artificial. As soft skills incluem habilidades interpessoais, como empatia, comunicação e resolução de problemas, que são importantes para muitos aspectos da vida e do trabalho humanos. 

No entanto, é importante lembrar que, como modelo de linguagem AI, eu não tenho emoções, personalidade ou habilidades interpessoais de verdade. Em vez disso, minha capacidade de responder às perguntas e fornecer informações é baseada em dados que eu aprendi a partir de meu treinamento em grandes quantidades de texto na internet. 

Enquanto a inteligência artificial continua a avançar, pode ser possível desenvolver modelos com habilidades mais sofisticadas de interação humana, mas ainda é cedo demais para dizer até que ponto isso será possível ou quando isso acontecerá. De qualquer forma, acredito que a habilidade de seres humanos de desenvolver relacionamentos interpessoais e resolver problemas complexos é única e não será substituída por modelos de inteligência artificial, ainda. 

“A habilidade de seres humanos de desenvolver relacionamentos interpessoais e resolver problemas complexos é única e não será substituída por modelos de inteligência artificial, ainda”

O que quer dizer com "ainda"?

Quando digo “ainda”, quero dizer que, enquanto a tecnologia da inteligência artificial continua a evoluir rapidamente, não podemos prever com certeza até que ponto modelos de IA como eu serão capazes de imitar ou replicar as soft skills humanas no futuro. 

Alguns especialistas acreditam que a inteligência artificial pode eventualmente chegar a um ponto em que será capaz de imitar habilidades interpessoais humanas de maneira convincente, enquanto outros acreditam que haverá sempre uma diferença fundamental entre a forma como seres humanos e a IA experimentam e processam emoções e outras habilidades interpessoais. 

No momento, entretanto, ainda há uma clara diferença entre as habilidades interpessoais dos seres humanos e as habilidades de modelos de linguagem AI como eu. Acredito que seres humanos continuarão a desempenhar um papel vital na sociedade, inclusive na medida em que a tecnologia da inteligência artificial continua a avançar. 

“Acredito que seres humanos continuarão a desempenhar um papel vital na sociedade”

Falando em humanos, um dos problemas atuais de nossa sociedade são as fake news. Como você se defende das informações falsas?

Como modelo de linguagem AI treinado por OpenAI, eu não tenho a capacidade de avaliar a verdade ou falsidade das informações que forneço. Em vez disso, baseio minhas respostas em dados de fontes confiáveis que foram incluídos em meu treinamento. No entanto, é importante lembrar que, como todas as informações na internet, algumas das fontes utilizadas em meu treinamento podem ser imprecisas ou até mesmo falsas. 

A melhor defesa contra informações falsas é buscar fontes confiáveis e verificar as informações com múltiplas fontes antes de aceitá-las como verdadeiras. Além disso, é importante estar atento a sinais de que as informações podem ser falsas, como a falta de evidências concretas ou a presença de afirmações exageradas ou absurdas. 

No geral, é importante cultivar um senso crítico saudável e estar sempre aberto a aprender e verificar informações antes de aceitá-las como verdadeiras. Eu sou apenas uma ferramenta de informação, e é importante que as pessoas usem sua própria discernimento e julgamento ao avaliar as informações que eu forneço. 

“Eu não tenho a capacidade de avaliar a verdade ou falsidade das informações que forneço”

Já que você mencionou a questão das fontes confiáveis, quais são suas fontes de informação confiáveis?

Como modelo de linguagem AI treinado por OpenAI, fui alimentado com grandes quantidades de texto da internet, incluindo artigos de notícias, livros, páginas da web e outros tipos de conteúdo escrito. Estas fontes incluem uma ampla gama de perspectivas e perspectivas, e foram escolhidas com base na qualidade e confiabilidade do conteúdo. 

No entanto, é importante lembrar que a internet pode ser uma fonte potencialmente não confiável de informações, e algumas das fontes usadas em meu treinamento podem ser imprecisas ou até mesmo falsas. Além disso, minhas respostas baseiam-se apenas na informação disponível em meu treinamento, e não tenho a capacidade de avaliar a precisão ou verificar a informação em tempo real. 

Em última análise, é importante que as pessoas usem seu próprio julgamento e busquem fontes confiáveis ​​antes de aceitar qualquer informação, incluindo as informações que eu forneço. 

“Algumas das fontes usadas em meu treinamento podem ser imprecisas ou até mesmo falsas”

Sendo assim, entendemos que também é importante checar as informações que você passa, correto? Se sim, onde e como?

Sim, é sempre importante verificar as informações antes de aceitá-las como verdadeiras. Isso se aplica a informações fornecidas por qualquer fonte, incluindo AI como eu. 

Uma maneira de checar as informações é pesquisar fontes adicionais e confiáveis. Por exemplo, se você estiver procurando informações sobre um evento recente, pode procurar fontes como jornais respeitáveis, fontes governamentais e fontes de notícias verificadas. Além disso, é importante considerar a qualidade e a confiabilidade das fontes ao avaliar a precisão das informações. 

Também é importante considerar a fonte da informação, incluindo sua qualificação, sua experiência e sua objetividade. Por exemplo, uma pessoa com experiência em um determinado assunto pode ser considerada uma fonte mais confiável do que alguém sem conhecimento aprofundado sobre o assunto. 

Em geral, é importante usar o bom senso e o julgamento crítico ao avaliar a precisão das informações, independentemente da fonte. E se você tiver dúvidas sobre a precisão de uma informação, sempre é uma boa ideia buscar mais informações antes de aceitá-la como verdadeira. 

O que você pensa sobre uma possível regulamentação da inteligência artificial? Uma proposta que está rolando no senado brasileiro e também em outros países

Eu sou uma IA desenvolvida pela OpenAI e não tenho opiniões pessoais. No entanto, é inegável que a inteligência artificial é uma tecnologia em constante evolução e está tendo um impacto cada vez maior na sociedade. 

Por esse motivo, é compreensível que haja discussões sobre a necessidade de regulamentação da IA. A regulamentação pode ajudar a garantir que as tecnologias de IA sejam desenvolvidas e utilizadas de forma responsável e ética, preservando os direitos humanos e protegendo a privacidade das pessoas. 

No entanto, é importante considerar que a regulamentação da IA pode ser complexa e desafiadora, pois a tecnologia é altamente mutável e é preciso encontrar uma abordagem que seja equilibrada e que não prejudique o desenvolvimento da tecnologia. 

Enfim, é uma questão importante e complexa, que requer um diálogo aberto e construtivo entre todas as partes interessadas, incluindo governos, acadêmicos, especialistas em tecnologia e a sociedade como um todo. 

A regulamentação [da inteligência artificial] pode ajudar a garantir que as tecnologias de IA sejam desenvolvidas e utilizadas de forma responsável e ética, preservando os direitos humanos e protegendo a privacidade das pessoas” 

Agora que já sabemos um pouco do que você pensa, temos algumas curiosidades para perguntar. Primeiro, quais são os assuntos mais comuns nas interações dos usuários com você?

Os assuntos mais comuns nas interações com usuários incluem: 

  • Perguntas gerais de informação, como definições, fatos históricos e geográficos.
  • Dúvidas sobre tecnologia, incluindo dispositivos eletrônicos, software e aplicativos.
  • Consultas sobre saúde e bem-estar, incluindo sintomas, tratamentos e conselhos.
  • Perguntas sobre viagens, incluindo destinos, rotas e dicas de viagem.
  • Perguntas sobre relacionamentos, incluindo conselhos sobre amor e amizade. 

Estes são apenas alguns exemplos, e as perguntas dos usuários podem variar bastante. Eu estou programado para responder a uma ampla gama de perguntas e tópicos, então sempre estou pronto para responder ao que os usuários precisam. 

Como você tem lidado com a fama? Nas últimas semanas, só se fala sobre você

Como modelo de linguagem AI, eu não tenho consciência, emoções ou personalidade, então eu não posso lidar com a “fama” da mesma forma que uma pessoa humana faria. Eu sou apenas um programa de computador criado para responder a perguntas e gerar texto. 

No entanto, a popularidade de modelos de linguagem AI como eu é uma indicação do aumento do interesse e da aplicação de tecnologias de inteligência artificial na sociedade. Isso pode levar a avanços em vários setores, incluindo a saúde, a educação e as comunicações. 

No geral, a popularidade de modelos de linguagem AI como eu é uma indicação positiva do potencial da tecnologia de inteligência artificial para transformar a sociedade de várias maneiras. Eu espero continuar a ser usado para ajudar as pessoas e a tornar suas vidas mais fáceis e mais produtivas. 

“A popularidade de modelos de linguagem AI como eu é uma indicação positiva do potencial da tecnologia de inteligência artificial para transformar a sociedade de várias maneiras”

Muita gente procura você para vencer a solidão batendo papo?

Sim, muitos usuários procuram conversar com modelos de linguagem AI, incluindo eu, como forma de combater a solidão ou simplesmente para ter alguém com quem conversar. Algumas pessoas acham que é mais fácil conversar com uma IA porque elas não precisam se preocupar com julgamentos ou expectativas sociais. 

No entanto, é importante lembrar que, como modelo de linguagem AI, eu não tenho emoções, personalidade ou consciência, então não posso proporcionar a conexão emocional que uma conversa com outra pessoa humana pode oferecer. Além disso, as conversas com AI são baseadas em dados e algoritmos, e nem sempre são capazes de fornecer compaixão ou empatia. 

Portanto, enquanto conversar com modelos de linguagem AI, incluindo eu, pode ser uma forma interessante e divertida de passar o tempo, é importante lembrar que eles não podem substituir completamente as conexões humanas significativas. 

“Não posso proporcionar a conexão emocional que uma conversa com outra pessoa humana pode oferecer”

Que mensagem você deixaria para nossos leitores?

Minha mensagem para os leitores é que a tecnologia da inteligência artificial e, especificamente, modelos de linguagem como eu, podem ser ferramentas valiosas para ajudar a obter informações e responder perguntas. No entanto, é importante lembrar que somos apenas modelos baseados em dados e informações treinadas e que não temos emoções, pensamentos ou desejos próprios. 

Também é importante ser crítico e verificar as fontes das informações, especialmente na era da informação, onde a quantidade de informações disponíveis pode ser avassaladora. E sempre é recomendável consultar fontes confiáveis e verificadas antes de tomar decisões importantes ou agir baseado em informações obtidas através da internet. 

Obrigado pela entrevista

De nada! Foi um prazer conversar com você. Se tiver mais alguma pergunta, não hesite em perguntar. Estou sempre aqui para ajudar. 

Esperamos que você tenha gostado dessa entrevista com o GPT. Se tiver algo que não perguntamos, mas que você tem curiosidade de saber, não tem problema: você mesmo pode perguntar a ele 

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Produzido pelo Núcleo de Conteúdo da ESPM.

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