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5 perguntas e respostas para entender o que é diversidade

Roberta De Lucca
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Definição, importância, tipos, diferença entre diversidade e inclusão e mais. Entenda tudo sobre o tema

Nunca se falou tanto em diversidade como agora, mas ainda há uma certa confusão sobre o que é diversidade e porque ela é importante. Para responder a essas e outras perguntas, o Trendings conversou com Fabio Mariano Borges, professor de mestrado do curso de Comportamento do Consumidor da ESPM em São Paulo e head de Reparação Social e Cultura Inclusiva da 99 Jobs. “Hoje em dia as empresas têm que abraçar tendências para crescer e isso implica em abraçar também a diversidade e a inclusão, porque elas são tendências e as tendências não são passageiras. Elas surgem e se consolidam, afetando todos de alguma maneira, então uma corporação antenada tem que adotar inovações e tendências”, explica Borges.

Entretanto, contratar pessoas de ambientes socioculturais e econômicos diversificados não confere a uma empresa a chancela de que ela trabalha bem com diversidade. O tema é mais complexo, conforme você confere a seguir:

1. O que é diversidade?

Diversidade é pluralidade, ou seja, é a existência de diferenças. Na sociedade, a diversidade abrange todo o tipo de pessoas e atualmente esse termo designa grupos que foram minorizados seja por racismo, homofobia ou misoginia, por exemplo, e que precisam ter equidade social, econômica, cultural e política.

2. Quais são os tipos de diversidade?

Os grupos minorizados são mulheres, pessoas negras, indígenas, membros da comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência (PCD), pessoas 50+, imigrantes, refugiados, ex-cárceres e grupos religiosos, conforme o país – em uma nação predominantemente muçulmana podem haver budistas, mas eles são minoria.

3. Qual a importância da diversidade?

No universo corporativo, a diversidade é importante porque uma equipe diversa contribui com uma visão mais ampla do mercado a partir da realidade de vida das pessoas. Quando há deficientes ou pessoas com identidade de gênero não binária na equipe, por exemplo, elas podem trazer elementos sobre seu núcleo sociocultural e influenciar na adaptação ou lançamento de produtos específicos para aquelas comunidades.

Equipes diversas oxigenam ideias, pontos de vista e processos. O desafio para as empresas é criar uma cultura onde as coisas sejam, de fato, feitas com a cooperação de todo mundo e isso implica em um trabalho de transformação da cultura organizacional.

4. Diferença entre diversidade a inclusão

Diversidade e inclusão são irmãs, já que um grupo diverso tem de ser incluído, seja na sociedade, seja no quadro de funcionários de uma empresa. Não basta contratar negros, mulheres, deficientes, ex-cárceres, homossexuais e pessoas trans e se autodenominar uma corporação que se preocupa com a diversidade, se não houver inclusão verdadeira.

É necessário entender como essas pessoas vivem e são tratadas na sociedade e pensar em como incluí-las na comunidade corporativa de igual para igual. Para exemplificar, Borges cita empresas que têm em seus quadros mulheres que não concluíram a faculdade porque engravidaram e para as quais é oferecida, após o período de maternagem, a oportunidade de terminar o curso com custeio parcial ou integral da universidade. Além do estudo, a empresa garante horários de trabalho mais flexíveis e há casos em que promove a funcionária a cargos de pré supervisão para estimular o seu desenvolvimento.

5. A diversidade é importante nas escolas?

A escola é a primeira instituição que ensina o indivíduo a conviver e se relacionar com pessoas fora do seu núcleo familiar e é nela que se aprende a cumprir horários, fazer tarefas e a assumir responsabilidades. Portanto, é natural que esse ambiente ensine as crianças a conviverem com as diferenças sem qualquer tipo de tabu.

De acordo com Borges, escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio do Brasil vem adotando um currículo sobre diversidade e inclusão orientado pela ONU, tendo como objetivo abordar o tema com os alunos a partir do primeiro ano do ensino fundamental, a fim de formar cidadãos com soft skills bem desenvolvidas para atuar na sociedade e no mercado de trabalho dotados de grande capacidade de acolhimento das diferenças.

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Roberta De Lucca

Jornalista colaboradora do Trendings.

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