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Pós-pandemia: confira as previsões que se concretizaram ou quase

Jorge Tarquini
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Em abril de 2020, publicamos previsões de especialistas sobre a pandemia. Dois anos e meio depois, é hora de checar se elas estavam certas

Pouco mais de um mês depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar o estado de pandemia do Coronavírus, em 11 de março de 2020, publicamos uma reportagem intitulada “Mundo pós-pandemia: as previsões dos especialistas de diferentes áreas. Chegou a hora de prestar contas sobre elas – e ver se elas se confirmaram ou não... 

1. Estruturas organizacionais devem diminuir graças ao home office

CONFIRMADO 
Assim como previu Eduardo França, coordenador de Comunicação e Publicidade da ESPM no Rio de Janeiro, o home office realmente se consagrou como alternativa viável durante a pandemia – e atraente depois dela. Apesar de não ter sido generalizada, a diminuição das estruturas também pode ser confirmada, bem como o apagamento da fronteira entre o offline e o online, dando origem a um formato próprio. E, a se considerar a movimentação de profissionais que trocaram de emprego e a diminuição do desemprego (segundo dados do IBGE e sem considerar nem o nível de remuneração e nem a qualidade das vagas), isso contribuiu para a manutenção e a geração de empregos. 

2. Processos seletivos online vão ser cada vez mais comuns

CONFIRMADO 
Adriana Gomes, Coordenadora Nacional da área de Carreira e Mercado da ESPM, ressaltou que muitos processos seletivos já aconteciam digitalmente – e apostou que se tornaria o modelo padrão no mercado, agilizando e aprimorando o recrutamento. E assim está sendo: na maioria dos processos, apenas as entrevistas dos candidatos finalistas são no formato presencial 

3. Atuar em causas será ainda mais importante para empresas

CONFIRMADO 
Para Alessandro Souza, coordenador do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM em Porto Alegre, marcas mais “empáticas” e que trabalham com lógicas solidárias, de cuidado com os seus públicos e profissionais, seriam as que conseguiriam estabelecer conexões reais com seus consumidores, com ganhos para as próprias marcas. O avanço das conquistas ESG, com repercussões que ultrapassaram as fronteiras do mundo corporativo para ser cada vez mais visíveis (e esperadas) para o cidadão comum, são uma ponta visível desse efeito. Mas outro elemento que contribuiu muito para essa aproximação foram as interações digitais, que catapultaram a importância do big data nas relações marcas/público. E, mesmo com o abrandamento da pandemia, esse vínculo tem se mantido de forma consistente. 

4. Demanda por produtos midiáticos deve aumentar

CONFIRMADO 
“A crise que vivemos hoje consolidou o uso de tecnologia e do ambiente digital para efeitos de entretenimento, contato social e gestão da vida”, apontou em março de 2020 Paulo Cunha, coordenador do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM em São Paulo. Assim como ele previu, mesmo as parcelas da sociedade ainda titubeantes em relação à adoção da tecnologia no cotidiano se renderam: a começar pelas compras, pedidos de comida, lazer (via streaming de filmes, principalmente), reuniões e o próprio dia a dia de trabalho remoto. E essa mudança radical, que veio para ficar, afeta diretamente a reorganização de UX, apontada por Cunha, assim como outros aspectos da comunicação e da publicidade. Uma revolução de mercado. 

5. O Jornalismo deverá se fortalecer

MAIS OU MENOS CONFIRMADO 
Por que avaliar como “mais ou menos confirmado” o futuro apontado por Elisabete Antonioli, coordenadora do curso de Jornalismo da ESPM em São Paulo? Vamos por partes… No início da pandemia, foi fato que as audiências dos veículos mais respeitáveis aumentou: Jornal Nacional, Folha de S.Paulo, UOL, G1, Estadão, O Globo Quando o interesse era entender uma nova doença, como se proteger e ter informações críveis e seguras (das quais a própria vida de cada um dependia), o consumo de informação jornalística foi notável. Para se ter uma ideia, o JN ganhou mais de 1,5 milhão de jovens por dia entre março e julho de 2020 – enquanto a FSP, em abril de 2020, registrou 74 milhões de usuários e 117 milhões de visitas em sua versão digital. Porém, infelizmente, o avanço das fake news erodiu um pouco desse avanço, pela ação de grupos negacionistas em redes como o WhatsApp (principalmente quando surgiram as primeiras vacinas).  

6. Mercado precisará ainda mais de profissionais de tecnologia

CONFIRMADO 
A tecnologia utilizada para unir pessoas sem deixar de lado a parte humana foi a previsão de Flavio Marques Azevedo, coordenador do curso de Sistemas de Informação da ESPM em São Paulo. Outra “comprovação” dessa hipótese se deu no contexto acadêmico – o que deu Norte para os profissionais da área de tecnologia, ao deixar claro como ela permeia toda a sociedade. 

7. Área jurídica terá grandes desafios

MAIS OU MENOS CONFIRMADO 
Para o professor Luiz Carlos Correa, do curso de Direito da ESPM, seria “difícil imaginar que o trabalho remoto possa se tornar regular no funcionamento dos tribunais”. Inicialmente, essa dificuldade foi confirmada pela paralisação da Justiça em todo o país (a exemplo do que ocorreu em muitos outros ao redor do mundo). E muito devido a nem todos os processos terem sido digitalizados e pela tradição presencial nos tribunais brasileiros. Porém, em pouco tempo, as adaptações necessárias foram adotadas, com audiências e até julgamentos e reuniões colegiadas remotas. Uma verdadeira reinvenção do Poder Judiciário, com ganhos visíveis decorrentes desse aprimoramento de processos.     

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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