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E a pandemia trouxe a pauta da saúde mental para dentro das empresas…

Jorge Tarquini
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Depois das questões da emergência sanitária, começamos a entender o impacto disso tudo no emocional individual – e, por consequência, no mundo do trabalho

Você sabia que as pesquisas feitas no Google por termos relacionados a transtornos mentais aumentou 98% durante a pandemia? E que 53% das pessoas sentiram piora na sua condição mental, segundo o relatório One Year of Covid-19, baseado na pesquisa produzida em 30 países pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial? E que o Brasil é o quinto país onde mais foram sentidos impactos da pandemia na saúde mental, segundo 49% da população?

O que isso tem a ver com o mundo do trabalho?

Tudo – e mais um pouco.

Não dá para jogar na conta apenas da pandemia esse quadro. As decisões e o modo com que o mundo do trabalho lidou com o “novo normal” mostra que há muita coisa “anormal” concorrendo para agravar esse quadro.

As empresas (acertadamente, diga-se) se adiantaram para implementar mudanças nos modelos de trabalho, a começar pelo home office, para garantir a sua sobrevivência – e dos empregos. Porém, passada a emergência inicial, o que se viu, infelizmente, foi um descuido de questões nascentes.

A inicial falta de tempo para o planejamento, garantida pelo elemento surpresa, se tornou modus operandi: o negócio era sair fazendo, sem que se entendesse o impacto disso tudo nas demandas e tarefas às quais os profissionais estavam sendo submetidos – com cobranças por entregas que romperam mais do que a relação espaço de trabalho-espaço de viver.

O resultado mais visível desse descuido é a sobrecarga de trabalho – que abre a porteira para a ansiedade, o estresse e a depressão, entre outros sintomas, inclusive físicos, de que as coisas não estão bem.

Para sorte de quem trabalha em empresas que realmente têm espaço para debater essa realidade (e, infelizmente, não estamos falando da maioria…), o que tem surgido são programas voltados a entender esses sintomas e oferecer orientação e ajuda, por meio de programas específicos.

Particularmente, acredito que, em breve, não será mais uma questão “eletiva”: as empresas nada fizerem nesse sentido, além de correr o risco de perder talentos, abrirão um flanco para ações trabalhistas e ver seu “discurso ESG” (e sua imagem pública) escorrer pelo ralo com casos e mais casos e acusações surgindo na arena pública.

Como podemos influenciar nesse processo? Simples: com honestidade. Precisamos falar sobre isso. Se a empresa na qual você trabalha não oferece essa abertura, talvez seja a hora de pensar em mudar.

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Jorge Tarquini

Curador do #Trendings.

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