Os nascidos do final da década de 1990 até 2010 entraram definitivamente na berlinda profissional. Não faltam estudos e análises sobre a geração Z no mercado de trabalho. E os resultados não foram muito alvissareiros…
Uma pesquisa recente, realizada pela consultoria EDC Group, especializada em RH e outsourcing, apontou que, comparados a profissionais de outras gerações, os “Z” brasileiros apresentam os maiores índices de características e comportamentos “indesejáveis” no trabalho.
Esse resultado vem ao encontro de outro levantamento da plataforma de currículos ResumeBuilder.com, em que 74% dos líderes dos Estados Unidos avaliam que essa geração é a “mais difícil de se trabalhar”, igualmente quando se comparada às mais velhas.
Os aspectos levantados apontam coisas como não levar em conta horários de entrada (chegando invariavelmente mais tarde) e nem os de saída (mas, nesse caso, saindo mais cedo). Ou ainda se mostrar “menos engajados” que, por exemplo, os da geração anterior, os “millenials” – tendo como comportamento realizar apenas o estrita e exatamente combinado. Claro que isso leva em conta coisas quantitativas e mensuráveis – e não necessariamente a qualidade do trabalho.
O que não se pode perder de vista é que essa geração vivenciou sua entrada no mercado em pleno turning point do universo do trabalho. Exatamente quando tudo foi interrompido e revolucionado pela pandemia, fazendo entrar em cena o modelo home office – e fazer florescer nos jovens a visão de que é preciso equilibrar trabalho, vida privada e lazer. E, mais do que tudo: a relação com os empregadores é um acordo que deve ser justo entre demandas, remuneração e dedicação.
Resumindo: o tal “vestir a camisa” foi trocado por expectativas de relações mais impessoais e profissionais entre as partes. Afinal, mesmo vestido com as cores da empresa, ela pode lhe dar adeus a qualquer momento. Ou seja: não é nada pessoal…